cap 26

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Uma semana depois

Marília estava em sua sala como sempre, analisando pinhas de papéis. Quando ouve batidas na porta.

Marília: entre ! ( Concentrada no que  fazia, só se dá conta de quem era quando minutos depois em silêncio ela levanta a cabeça.

Marília: o que quer?

Murilo: podemos conversar

Marilia: não temos nada o que falar. Marcarei uma reunião quando tiver terminado meu parecer.  Agora de licença quero ficar sozinha.

Murilo: não quero falar da empresa. Quero falar sobre nós.

Marília: não existe nos. ( O encara por alguns segundos)

Murilo: Marília! Eu sei...

Marília: No entanto existe alguém que nos liga, e sobre ele estou disposta a ouvir sua voz mais uma vez...( Deixa os papeis que lia  sobre a mês ao encarando)  Quero ver o Léo.

Murilo: quê?

Marília: o que ouviu. Quero ver o meu filho. Não achou que voltei só pra tirar da falência a empresa que foi da sua família não é?

Murilo: É complicado. (Marília levanta e dá a volta à mesa )

Marília: complicado por que? Ha claro, você disse a ele assim como disse a todos que estava morta?

Murilo: você não voltaria mais ...

Marília: VOCE NAO SABIA.!!! O que te faz ter tanta certeza que nunca sairia de lá? Até parece que foi você que planejou tudo pra garantir tanto assim que realmente morreria naquele lugar.

Murilo: que?  Voce ficou louca ? Por que faria isso? Eu como poderia fazer se fiquei com você o tempo todo?

Marília: eu não matei uma pessoa estando do seu lado? Por que não faria o mesmo?

Murilo: isso é um absurdo?

Marília: absurdo por que? Eu esperei por você dias, Murilo, dias, como eu quiz que aparecesse  naquele julgamento pra dizer o que acabou de dizer aqui, ficou do meu lado o tempo todo. Mas você foi um covarde que nem se quer apareceu. Nem pra ter certeza que estaria definitivamente longe da sua vida.

Murilo: tive motivos pra não está lá. E não sabia que seria tão importante assim.

Marília: haha por favor ruff, você que se achava um dos melhores advogados não sabia que o testemunho do marido da acusada, afirmando que passou todo tempo com ela durante quase todo a viagem não mudaria nada. Sério? Você quer mesmo que eu acredite nisso?

Murilo: eu estava confuso Marília. Era muita coisa na cabeça. Mas torcia pra que o veredito fosse outro. Torcia para que nossas vidas voltassem a ser o que eram antes daquela viagem.

Marília: mesmo que o veredito fosse outro nada, nunca voltaria a ser como antes. Demorou mas me dei conta do grande erro que cometir me casando com você. Um covarde.

Murilo: não! Isso não é verdade e sabe muito bem disso. Eu errei assumo, poderia ter feito muito mais por você, ou pelo menos ter ficado do seu lado independente de qualquer coisa mas eu pensei em nosso filho. Pensei no Leo.

Marília: por favor chega! Não tente encontra desculpas para se justificar, eu não sou mais a idiota que acreditava em tudo que falava.

Murilo: eu fiquei mal com isso tudo Marilia, não foi só você que sofre. Do jeito que fala parece que só você sofreu com isso. Mas não é bem assim?

Marília: EU QUE FUI PRESA, MURILO, EU QUE PASSEI 15 ANOS DA MINHA VIDA PRESA PAGANDO POR UM CRIME QUE NAO COEMTE. FUI EU ( chora) fui eu não você. Como pode ter a cara de pau de me dizer que sofreu. Fui eu ( bate no peito) que fui privada da liberdade, eu que não vi meu filho cresce, enquanto você estava onde?

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