Ao adentrarem apressadamente o palácio, o choro angustiado de Hongjoong ecoava pelos corredores enquanto seguiam até o aposento onde Yeosang seria colocado para descansar pela última vez.
Com cuidado, Seonghwa depositou o corpo sem vida de Yeosang sobre a cama, um gesto que parecia ecoar através do silêncio pesado que pairava no ambiente. Os soluços dolorosos da mãe de Yeosang preenchiam o espaço, sua voz carregada de desespero e negação diante da perda insondável.
Enquanto a dor se espalhava como uma sombra sombria por todo o recinto, Hongjoong, tomado pela angústia e pelo desejo desesperado de negar a realidade cruel, estendeu a mão trêmula em direção ao rosto pálido de Yeosang. Antes que seus dedos pudessem tocar a pele gélida do garoto caído, Seonghwa interveio com firmeza, afastando-o com determinação.
- "Não! Não podemos permitir!" - Disse Seonghwa com uma seriedade cortante em sua voz, seus olhos fixos em Hongjoong com uma intensidade penetrante. Em um movimento rápido, ele guiou Hongjoong até o sótão do palácio, trancando a porta atrás de si com um estalo grave.
Com a respiração entrecortada pelo peso do momento e pela confusão que envolvia suas mentes atormentadas, Seonghwa encarou Hongjoong com uma mistura de dor e desconfiança.
- "O que você fez?" - Perguntou ele, seu tom carregado de urgência por respostas diante do que se desenrolava diante deles.
Em meio ao silêncio tenso que preenchia o sótão, as palavras escassas de Hongjoong ecoaram como um sussurro angustiado.
- "Atiraram em Yeosang." - Murmurou ele, sua voz trêmula traçando um fio frágil de verdade.
A tensão no sótão atingiu um ponto crítico quando Seonghwa, consumido pela dor e pela raiva, desferiu um tapa no rosto de Hongjoong, suas palavras carregadas de acusação ecoando como trovões em meio à tempestade emocional que os envolvia.
- "Isso é tudo culpa sua! Você matou Yeosang!" - Acusou Seonghwa, seu olhar ardente fixo em Hongjoong com uma raiva imensa da morte do irmão.
O impacto das palavras acusatórias de Seonghwa atingiu Hongjoong como um golpe devastador, atingindo ainda mais seu coração dilacerado pela perda e pela culpa avassaladora que o consumia. As lágrimas que antes escorriam silenciosas agora se transformaram em soluços angustiados, sua dor transbordando em ondas turbulentas de sofrimento insondável.
Em meio ao redemoinho de emoções conflitantes e à tormenta de acusações que estavam no ar carregado, Hongjoong encontrou refúgio na única coisa que ainda fazia sentido em meio ao caos, o abraço reconfortante de Seonghwa. Sem palavras para expressar a complexidade de seus sentimentos entrelaçados, Hongjoong envolveu Seonghwa em um abraço apertado, agarrando-se desesperadamente ao momento frágil da conexão entre os ex amigos.
Seonghwa, mesmo perplexo diante da mudança repentina no comportamento de Hongjoong, permitiu-se ser envolvido pelo abraço caloroso e cheio de dor do amigo.
Enquanto os destinos se entrelaçavam numa teia complexa de dor e redenção, Hongjoong se comprometeu fervorosamente a proteger Seonghwa com todas as forças que lhe restavam, determinado a ser o escudo que impediria que mais tragédias se abatessem sobre aqueles que amava, mesmo sabendo que Seonghwa odiava Hongjoong.
O momento no sótão tornou-se ainda mais densa à medida que Seonghwa, pela dor e pela dúvida, se viu diante de algo impossível. Incapaz de se entregar à possibilidade de que o ex amigo pudesse ser o responsável pela morte de seu irmão, Seonghwa se afastou de Hongjoong.
Com um gesto carregado de desespero e desesperança, Seonghwa desferiu outro tapa no rosto de Hongjoong, as palavras não pronunciadas ecoando entre eles como um abismo de desconfiança e angústia. Sem olhar para trás, Seonghwa deixou o sótão em silêncio, seu coração acelerado pelo peso insuportável da perda.
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Aqueles Olhos.
FanfictionHongjoong, um jovem em busca de libertação. Foge de casa pois não tem liberdade por conta de seus olhos avermelhados como rubis brilhantes que escondiam sua magia. Em sua fuga, acaba cruzando o caminho do reservado príncipe Seonghwa no palacio real...