Aqueles Olhos - Silêncio da máscara.

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Quando o rei, pai de Seonghwa, escutou seu filho dizer que quem mais o rei odiava, no caso Hongjoong, precisava de ajuda e ficaria mais um pouco no palácio, simplesmente surtou. Seus olhos se arregalaram e ele começou a xingar Hongjoong.

- "Como você pode pensar em ajudar esse insensato? Você não lembra que ele matou o seu irmão? Ele só está se infiltrando nesta casa! Ele é um demônio!" - Gritou o rei, batendo com a mão na mesa de madeira maciça.

- "Ele é uma má influência! Um verdadeiro veneno para a nossa família!"

Seonghwa, surpreso com a explosão do pai, tentou intervir.

- "Pai, por favor! Hongjoong não é o que você pensa. Ele só precisa de um pouco de compaixão. Todos têm suas dificuldades! E... Eu acredito que não foi ele que matou Yeosang!"

O rei balançou a cabeça, ignorando.

- "Compaxão? Você está falando de compaixão por uma serpente? Ele quer apenas destruir tudo o que construímos! Ele matou seu irmão, e depois irá matar você!"

Seonghwa com uma onda de frustração e tristeza. Ele sabia que Hongjoong era mal compreendido e que sua história era muito mais complexa do que o pai imaginava.

- "Pai, você não entende! Hongjoong tem um passado difícil e precisa da nossa ajuda! Ele não é um inimigo!"

- "E se eu não permitir? O que você fará então? O que você fará se eu decidir expulsá-lo do palácio?"

- "Eu... eu não posso deixar isso acontecer. Hongjoong se tornou alguém importante e eu não vou abandoná-lo!"

Nesse momento, o clima no salão ficou tenso. O rei encarou Seonghwa com uma expressão severa.

- "Você está disposto a desafiar sua própria família por causa dele?"

- "Sim!" - Seonghwa respondeu com firmeza.

- "Eu faria isso por qualquer pessoa que precisasse de ajuda! Não posso ficar parado enquanto alguém sofre."

O rei ficou em silêncio por um momento, com as palavras do filho. A raiva ainda fervia dentro dele, mas havia algo nos olhos de Seonghwa que o fez hesitar. Ele viu a determinação que seu filho sentia por Hongjoong.

O pai de Seonghwa se levantou, seus passos pesados ecoavam pelo salão. A fúria dele, e a tensão no ar era palpável. Hongjoong, sentindo o tremor dos passos se aproximando, se afastou e se escondeu atrás de Seonghwa, segurando disfarçadamente a mão do amigo em busca de conforto.

- "Você, Hongjoong!" - Gritou o rei, sua voz ressoando como um trovão.

- "Você é a razão de todos os problemas nesta casa! Uma praga que não merece estar aqui!"

- "Pai, por favor! Ele não fez nada de errado! Não precisa agir assim!"

Mas o rei ignorou as palavras do filho e se aproximou de Hongjoong com um olhar ameaçador.

- "Eu vou acabar com isso agora mesmo!" - Ele ergueu a mão, prestes a desferir um tapa.

Neste momento crítico, Seonghwa se colocou à frente de Hongjoong.

- "Não! Pare com isso! Você não pode machucá-lo!" - Gritou.

Mas antes que a situação pudesse escalar ainda mais, a mãe de Seonghwa entrou no salão. Com um olhar sereno e firme, ela caminhou até o marido e colocou uma mão em seu braço.

- "Amor, não podemos resolver as coisas assim."

O rei parou, sua expressão conturbada ao ver a esposa. Ela sempre foi a voz da razão em momentos de crise.

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