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Anna Luiza.

Tava comendo de tudo hoje já que não era sempre que eu conseguia comer sem vomitar tudo e quando esse milagre acontecia eu aproveitava ao máximo.

Fiz o Felipe comprar 4 brigadeiros pra mim e comi um prato inteirinho de batata.

Minha família toda conversava animada e eu me sentia em paz vendo que no final tudo sempre dava certo, pelo menos quase sempre.

Minha mãe tava xingando o Felipe por ele ter falado alguma coisa que ela não concordou e eu ri horrores com a cara de tonto que ele fez.

Anna: fica quietinho que é melhor.

Índia: escuta bem ela Felipe.

Farias: claro que ele escuta tia, única pessoa que esse puto obedece.

Yasmin: fofos, me da até vontade de namorar.

Mordi minha batata antes de dar risada.

Anna: eu não namoro.

Olhei pro Felipe que olhou pra mim todo sínico e dei mais risada ainda quando a mão dele passou pelo meu pescoço me abraçando pelo ombro.

Terror: não namora porque não quer.

Anna: ninguém me pediu em namoro como eu vou querer?

Terror: você quer namorar, então a gente namora.

Anna: assim eu não quero.

Terror: e como você quer?

Levantei minha mão e mostrei pra ele meu dedo.

Anna: com uma aliança aqui.

Ele bateu a mão que tava ao redor do meu pescoço no meu ombro e eu olhei pra ele vendo ele e toda a mesa olharem na direção da mão dele.

Olhei também e mesmo não querendo demonstrar senti meus olhos encherem de lágrimas.

Anna: Felipe? puta que pariu.

Felipe: namora comigo Luizinha? aceita virar minha mina pro resto das nossas vidas e ser feliz pra sempre do meu lado.

Balancei a cabeça concordando rapidamente e sorri.

Anna: aceito, aceito ser sua mina e tar com você sempre.

Vi o sorriso lindo que me destrói toda vez e ele colocou a aliança no meu dedo me dando a caixinha pra por a dele no dedo dele.

Anna: bom mesmo você usar uma também.

Terror: maluca surtada, te amo demais carai.

Anna: amo você amor.

Dei um selinho nele escutando a barulheira da minha familia e eu sabia que com os moradores que tavam comendo ou passando pela calçada nessa hora não ia demorar nem 30 minutos pra favela inteira ficar sabendo.

Enfim o segredo não é segredo mais.

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E no final de tudo como eu já esperava minha felicidade durou pouco.

Levantei a cabeça sentindo o Felipe puxar meu cabelo enquanto passava a mão pelas minhas costas.

Anna: não aguento mais.

Terror: calma vida, passou já.

Levantei a cabeça pra olhar pra ele mais a tontura bateu mais forte junto com aquele nó na garganta que me fez jogar tudo pra fora mais uma vez.

Comi muito e fui feliz na minha linda ilusão de que todo esse enjôo já tinha passado mais foi só chegar em casa que eu tive que correr pro banheiro.

Anna: depois que essa criança nascer, não vou te dar nunca mais, chega de gravidez.

Terror: ta malucona, quero mais 5 ainda.

Olhei puta pra ele e juro que se ele não tivesse corrido pra fora do banheiro eu batia nele horrores.

Deus que ódio.

Eu queria tanto gritar pra parar de sentir tudo isso, era horrivel passar mal todo santo dia.

Anna: filho por favor...

Passei a mão na barriga querendo chorar, hormônios era meu maior pesadelo.

Escovei os dentes e prendi meu cabelo em um coque antes de voltar pro quarto e me olhar no espelho do guarda roupa.

Eu tava com uma camisa do Felipe que cobria minha calcinha, o cabelo preso em um coque todo desajeitado e minha cara sem maquiagem mostrava as espinhas e olheiras que eu ganhei de presente dessa gravidez.

Terror: caralho cê é gostosa pra porra, ainda bem que é minha porque eu sou capaz de matar por você Anna Luiza.

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