Terror.
Corri, corri pra caralho pra chegar aqui em cima e descobrir que o bagulho tava fudido pra porra.
Atirei sem dó em todo farda preta que eu via, ódio do carai desses verme fudido.
Queria ver o sangue deles tudo escorrendo, era essa parada que me fazia sentir paz dês de que eu me entendo por gente, ver polícia morrendo.
Eles tiraram tudo de mim quando eu era criança e agora qualquer policial que eu ver eu vou tirar a vida mesmo.
Faziam alguns meses que eles não subiam e eu tava ligado que quando viessem ia ser atrás de mim e era essa parada que me deixava mais neurótico ainda.
Queria matar.
India: toma cuidado Terror.
Escutei a voz da minha mãe e ver ela em trocação pela primeira vez me deixou mais louco ainda.
Vilão: atira nos da esquerda porra.
Virei pro lado que ele falou e vi uns 4 subindo com escudo.
Meti bala fazendo o ferro fazer barulho e sorri mexendo a cabeça em negação.
Terror: pega pelas costas Neguinho.
Neguinho: tem mais subindo pela vielinha do beco do G2.
Atirei até o pente descarregar e quando ia pegar mais munição o radinho do meu pai apitou.
– Vilão ta na escuta?
Olhei pro meu pai que continuou atirando.
Vilão: manda o papo porra.
Eu e qualquer um sabia que quem tava na linha era algum verme que matou um dos nossos.
– nosso papo é com teu filho dessa vez, manda ele botar a cara nessa merda.
Terror: se me quer mermo sobe aqui carai, to na disposição po.
– parada é seguinte Terror, você mexeu com o que não devia, morte do Capitão Roberto Oliveira vai ser vingada.
Terror: vem porra, pega eu nesse caralho então desgraça, to esperando.
– fica esperto que só ta começando e avisa sua mãe que quando acharmos ela novamente não vai ser nem pra prender e sim pra matar.
Olhei pra trás vendo minha mãe me olhar e sorrir.
Terror: recado já chegou nela.
Desliguei o radinho e atirei de volta vendo eles recuando.
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Anna: caralho Felipe, que porra é essa?
Olhei pra ela com tédio e ela meteu um tapa no meu braço perto da onde tava o curativo.
Terror: aí desgraça, ta doendo essa merda.
Anna: de raspão?
Terror: foi, sonso do seu amigo errou o tiro.
Anna: quem? não lembro de ter amigo policial.
Terror: ta maluca? te mato carai.
Ela revirou os olhos e puxou meu braço analisando o curativo.
Anna: quem atirou em você cara?
Terror: capeta do Farias não sabe nem mirar uma merda dessa.
Anna: Farias atirou em você?
Falou indignada e riu depois olhando de volta pro curativo.
Anna: e quem fez esse curativo? foi aquela somsa né?
Me olhou ansiando a resposta e eu passei a mão no cabelão dela tentando acalmar a criatura que surta até pelo ar que eu respiro.
Terror: foi amor, mais eu mal olhei pra ela te juro, mãe e pai tavam lá pode perguntar pra eles.
Anna: Felipe eu te mato se souber que você trocou um mínimo oi com essas piranha desgraçada e quebro a cara inteirinha dela se ela sonhar em encostar em você.
Terror: calma cara, Tati não é nem louca de mexer comigo sabendo que eu to logo com uma maluca igual você.
Anna: Tati? nome dela é Tatiana, por acaso você tem alguma intimidade com ela que eu não sei?
Terror: ta maluca Anna Luiza só tenho intimidade contigo carai.
Tati era suave, nossa lance era de leves por aí mais a Luiza nunca gostou de nenhuma mina que tivesse o mínimo olhar de maldade pra cima de mim, se vocês não criam rivalidade feminina por homem só posso dizer parabéns porque a minha mina é problematica.
Anna: e você ta me chamando de maluca porque? vou te mostrar o maluca pra tu ficar bem esperto.
Terror: mostra então.
Puxei o cabelo dela pra trás e olhei pro rosto dela dando alguns selinhos fazendo a cara de brava dela ir embora.
Anna: não, você ta todo ensanguentado aí, vai tomar banho nojento.
Terror: só se você for comigo.
Anna: eu vou comer porque meu filho deve estar passando mal dentro de mim.
Terror: cê não comeu hoje?
Anna: quase nada, tava preocupada com você.
Ela passou as unhas dela no meu pescoço e me deu um último selinho levantando.
Terror: te amo minha princesa.
Ela sorriu jogando o cabelão pro lado e eu senti meu coração bater mais forte vendo aquele mulher gata pra caralho na minha frente, minha mulher.
Anna: amo você meu Terrorzinho.
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Trocar de celular e achar que perdeu a conta é uma sensação que eu não recomendo, enfim recuperei migas.
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Lance Criminoso
RandomVidigal, Rio de Janeiro. Tempo vai nos afastar mas também vai nos encontrar, eu tô esperando cê voltar, vivendo a vida sem um amanhã. Agatha e Meucci • I d a s e v i n d a s @N-NIIH