Lance Criminoso

038

Anna Luiza.

Abri a boca de sono e olhei pra cara de cada um que tava ao meu redor, sensação tão boa tar aqui na paz com eles.

Yas: elas quer fuder com nois que é chefe, rico bem novinho.

Encostou a cabeça no meu ombro e cantou baixinho e eu comecei junto com ela.

Anna: banca silicone só jogando no tigrinho, vai novinha desce e ganha presentinho.

Farias: esse tigrinho desgraçado tá me roubando até hoje.

A gente deu risada e o Felipe que tava todo concentrado no celular mostrou a lingua e depois virou o celular mostrando que tinha acabado de estourar uma carta do negócio verde.

Farias: pa porra.

Olhei meu celular vendo que já era 1:30 da manhã e olhei pro Felipe que já tava me encarando.

Terror: às duas nois vaza.

Balancei a cabeça concordando e a Lara riu toda boba.

Lara: voltaram a ser irmãozinhos unidos?

Pedro: irmãozinhos coloridos.

Falou rindo e eu olhei pra ele.

Anna: ta bêbado já?

Pedro: i vocês não me enganam não seus porra.

Fiz cara de cínica e o Felipe continuou calado sem falar nadinha.

Farias: prainha vamo descer que dia, sexta ou sábado?

Pedro: a gente vai só no sábado.

Yas: eu vou com vocês então.

Farias: também então.

Anna: eu nem sei.

Terror: a gente vai na quinta, já falei.

Anna: eu não vou com você Felipe.

Ele me olhou no maior deboche e eu revirei os olhos bebendo um pouco do líquido vermelho de vodka do meu copo.

Yas: porque quinta meu Deus?

Terror: tenho que pegar os jet né, parada demora lá.

Pedro: vai pegar dois?

Ele fez três com a mão e eu animei real, bom que se eu for na quinta eu aproveito mais, acho que não tem coisa nesse mundo que eu goste mais do que um jet.

A gente ficou conversando e eu rindo da Lara e da Yasmin que brigavam por praticamente cada palavra.

Anna: tô com sono Felipe, me leva embora.

Já era 2:45 e a gente tava praticamente um dormindo em cima do outro aqui mesmo na calçada.

Yas: a não amiga, dorme aqui.

Murmurei um "nem" levantando atrás do Felipe que já tava até atravessando a rua todo tonto.

Terror: ta de boa?

Balancei a cabeça concordando e subi na moto atrás dele, tava meio tonta mais não era nada demais.

Segurei com força nele, porque ele voa com essa moto e eu tô meio embriagada, perfeito pra mim morrer e puxar ele junto pra cova.

Ele murmurou alguma coisa mais eu nem dei atenção só senti o vento batendo na minha cara enquanto meu cabelo voava horrores.

Terror: tchau Luizinha.

Olhei pra cara dele no deboche vendo a moto perder o sentido e desligar, Felipe ficou meia hora tentando fazer essa bomba voltar a funcionar mais quem disse que voltou?

Eu entrei pra dentro de casa pegando o controle do portão e apertei vendo ele entrar empurrando a moto.

Anna: boa noite Terrorzin delas.

Ele falou alguma coisa mais eu tava tão drogada de sono que nem escutar eu escutei, só subi pro meu quarto escutando a barulheira do quarto dos velhos.

Minha sorte que eu tô chapada vou deitar e desmaiar sem nem ligar pro mundo real.

____________