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Terror.

Sentei na calçada vendo a criançada jogando bola e imaginei como seria um meu ali no meio.

Tem nem como a criança vir da paz tendo eu e a Luiza como pais, personalidade dos dois é de perturbados.

Olhei pra cima vendo que o sol tinha sido tampado e vi a Luiza com um copo de açaí na mão.

Ela abaixou sentando do meu lado e eu catei o copo da mão dela comendo um pouco.

Terror: qual foi? Ta quieta por que?

Anna: conversei com a mãe.

Olhei pra ela de novo vendo ela encarando os pivetinho que comemoraram um gol.

Terror: eai?

Anna: tamo de boa agora, ela quer trocar um papo com você agora.

Terror: to por ai sempre, nego voz pra ninguém.

Anna: eu sei e você com a educação que eu sei que você tem, vai conversar direitinho com ela.

Olhei pra ela com a cara fechada e ela me olhou sorrindo, desci o olhar pra boca dela vendo o roxinho do açaí nos cantinhos e passei o dedo limpando vendo ela respirar fundo.

Terror: minha gatinha.

Dei um selinho nela vendo os menininho gritar comigo.

"Ê tio Terror."

Ri levantando e ia tirar a camisa quando a Luiza meteu um tapa na minha perna mexendo o dedo pra eu nem inventar de fazer isso.

Dei meu celular e a chave da moto pra ela e fui brincar de pênalti com as cria.

Fiquei de goleiro porque sabia que um chute meu ia levar a criança voando pra dentro do gol junto com a bola.

Fiquei um tempão lá até a Luiza me gritar falando que ia passar na casa nova pra ver como tava ficando e eu animei em ir junto pra ver o que ela achava.

Fiz toque com uns pivetinho e saí catando meu chinelo que tava la perto dela e ela me entregou o meu celular e a chave da moto.

Subi voando pra casa e ela sorriu vendo que os muros já tinham sidos pintados com o marrom que ela queria.

Luiza só dava as regras e eu mandava os muleque correr atrás pra deixar tudo do jeito dela e namoral tava tudo lindo pra caralho.

Apertei o controle fazendo o portão abrir e ela sorriu mais ainda vendo que diferente da ultima vez agora tava tudo limpo.

Joguei a chave pra ela que abriu a porta de vidro de correr e entrou.

Anna: vei é muito lindo, puta que pariu.

Terror: nossa casa minha vida.

Abracei ela que me olhou de um jeito diferente me deixando sem entender o que passava na cabeça dela.

A casa era sala de tv e sala de jantar juntas com um balcão que separava a cozinha delas, do lado tinha um corredor que levava pros dois quartos e pro banheiro.

Andei atrás dela que passava a mão nos móveis que ela tinha escolhido pela internet e se eu fosse ver bem os móveis foram mais caros que a casa.

Anna: se essa kenner sua manchar esse tapete, juro que eu faço você limpar com a língua.

Terror: ta maluca porra.

Olhei pra baixo vendo que eu tinha pisado em cima do tapete bege que tava em cima do chão de porcelanato branco, fé pra quem for limpar essa casa.

Depois de passar no nosso quarto e ver que o banheiro dele também já tava pronto nós fomos pro lugar mais importante.

O quarto vazio fez meu corpo todo arrepiar quando eu olhei nos olhos da Luiza que brilhavam olhando ao redor.

Não tinha móveis, nem a parede pintada ainda já que a gente tava esperando pelo chá revelação mas mesmo assim o coração batia mais forte sabendo que daqui uns meses o nosso filho ia tar aqui.

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Tinha postado sem ver e o capítulo não tava pronto ainda, perdão amores.

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