Lance Criminoso

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India.

Olhei pro Diogo que tava sentando no muro fumando um baseado enquanto me encarava com aquela cara de puto que ele não perde nem com a velhice chegando.

Vilão: boto fé em você mesmo.

Joguei minha cabeça pra baixo pegando meu cabelo pra prender em um coque e olhei pra rua vendo que não passava nem uma alma.

Índia: agora tenho que resolver com o Felipe, meu terrorzinho.

Vilão: e cê vai botar moral nele pra assumir a Anna Luiza de maneira certa? ou ele vai tirar minha filha de casa de qualquer jeito? to ligado que ele é meu filho também mais a parada não funciona desse jeito.

India: vou falar né amor, quero que meu filho tenha atitudes de homem agora que ta construindo a familia dele.

Diogo só balançou a cabeça tragando a maconha e passando pra mim, ainda tava na brisa de mais cedo e se eu deitasse agora com certeza eu capotava de tão viajada que eu tô.

Farias: bença padrinho e madrinha, cadê seus lindos e maravilhosos filhos? preciso trocar uma ideia com o casal incesto.

Vilão: mais fácil você encontrar um corpo morto ai dentro do que o Felipe, pra ele pisar aqui é só se tiver um evento, já a Luiza se tiver aí deve tar dormindo ou comendo as parede.

Farias: menina já não tinha fundo imagina agora que come por dois, vou entrar viu? caçar a grávida de Taubaté.

Dei risada junto com o Diogo que pulou de cima do muro e pegou o baseado da minha mão indo se encostar no poste que tinha na calçada.

Vilão: daqui uns dias a gente ta literalmente sem filhos, Felipe já meteu o pé faz anos e agora a Luiza, ta na hora da gente meter mais um.

Arregalei os olhos encarando ele que começou a rir e minha onda da maconha até passou fazendo eu ficar séria.

India: viaja não Diogo, to pra ser vó já e você nessas palhaçada.

Vilão: por mim to com disposição pra ter mais uns 9, dai soma com a Luiza e o Felipe da 11, meu time de futebol.

India: a gente ta velho já meu querido, não aguento nem imaginar a dor de um parto nessa idade.

Vilão: eu quero mais um, Manuela.

India: pode fazer uai, só que não em mim.

Vilão: tem certeza?

Olhei bem pro rosto dele vendo aquele sorrisinho desgraçado e mandei o dedo.

Índia: vai porra, se ficar sem pau ou sem vida depois não quero ninguém me chamando de maluca.

Vilão: maluca? passou disso a anos né meu bem.

Índia: me testa Diogo, mais testa bem pra você ver o estrago que eu faço com você.

Vilão: para de me ameaçar sua porra.

Índia: então para de graça inferno.

Vilão: você que falou carai, não Manuela, quero nem papo mais, começa com as brincadeira e não aguenta, surtada do diabo.

Jogou a ponta do beck no chão e saiu andando lá pra dentro deixando o celular, a carteira de cigarro e a chave de alguma coisa em cima do muro.

Catei tudo e fui atrás entrando atrás dele e jogando tudo no sofá.

India: vira as costas pra mim não que eu to falando com você.

Vilão: ta é me ameaçando, vai se tratar sua neurótica.

Índia: você ta me chamando de que?

Anna: que porra é essa?

Olhei pra escada vendo a Luiza e o Farias descendo olhando pra gente.

Vilão: sua mãe mandou eu meter filho em outra porque ela não quer ter mais um e agora ta surtando atoa.

India: ele perguntou se eu tinha certeza caralho, então ele pensou em considerar essa merda de opção.

Vilão: eu tava brincando mulher, ta maluca.

India: se brinca com isso Anna Luiza?

Anna: não pai, vacilou demais.

Farias tava murmurando alguma coisa enquanto segurava a risada e eu olhei pro Diogo que tava todo bobo com a cara de cachorro sonso que me faz ter vontade de meter uns murro.

Vilão: desculpa então caralho, não achei que minha brincadeira ia afetar tanto a mulher da minha vida, só meto filho em você e vou te provar isso ainda.

Índia: sai da minha frente agora Diogo.

Gritei empurrando ele enquanto a Luiza e o Farias rachavam de rir.

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