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Apartir desse capítulo que realmente começa a nova fic Lance Criminoso, vai ter passada de muito tempo e é história nova, apaguei a versão antiga que estava pela metade e comecei uma nova porque a outra nem sentido temkkk, pra mim Lance Criminoso começa apartir daqui.

Aviso de capítulo grande.

Índia.

Na real mesmo, eu não sabia o que mais tinha afetado minha mente, eu virei uma louca, sem psicológico nenhum, metade do tempo minha cabeça viajava e pensava somente em sangue, morte, em ver a vida do Rodrigo se desfazendo nas minhas mãos.

Eu não sabia mais o que fazer, não tinha consciência de nada, eu tava apenas sobrevivendo, trancafiada em uma cela com mais 7 mulheres que tavam vivendo o mesmo pesadelo que eu.

Eu tava fora da realidade, longe dos meus filhos, dos meus amigos, do Vidigal e do Diogo.

A neurose que bate na minha mente até hoje é cabulosa, penso de mais dentro desse lugar, como foi a educação dos meus filhos? a mãe presente infelizmente eles não tiveram mas e o pai? como o Diogo cuidou dos nossos filhos?

Eu sabia melhor do que ninguém o tanto que o Vilão descontava os problemas na cocaína e meu maior medo era dele ter deixado as crianças pra ir se drogar, mais alguma coisa no fundo do meu coração me diz que nisso eu podia ficar tranquila, afinal tinha a tia Rosa e a Carol lá fora.

A Carol me promete dês de sempre que se acontecesse alguma coisa comigo ela ia dar o melhor por mim e é por isso que eu amo essa mulher, minha irmã.

Não faço a mínima do que aconteceu dês do dia que eu fui presa, até hoje, 15 anos depois daquele maldito dia que eu jurei de pé junto que o Diogo ia me livrar.

Mais não, não sei o que aconteceu, se eles nunca acharam meu presidio depois que eu fui sentenciada, se eles nem tentaram ou se o Diogo foi morto ou preso também, minha cabeça doía só em pensar nisso e por isso com o tempo eu decidi aceitar que iria morrer privada.

- ou Indiazinha, visita pra você.

A desgraçada da monitora bateu o ferro dela na grade tirando a paz de todo mundo e eu levantei tremendo, minhas visitas mais recentes e únicas são do diabo do Ricardo.

Que vem toda semana encher minha mente, que por toda essa situação ficou fraca pra caralho e quando ele fala eu acredito, caindo que nem boba em tudo que ele diz.

Até os dois primeiros anos eu me colocava de frente com ele, tinha minhas respostas na ponta da língua e sempre passava por cima, mais depois a mente foi diminuindo e a fraqueza veio batendo, hoje em dia escutar tudo no silêncio é o melhor.

Ela algemou minhas mãos e foi me empurrando em direção a sala de visitas, o homem armado abriu a porta e ela soltou as algemas, me jogando lá pra dentro.

Não queria levantar a cabeça já sabendo que nos próximos minutos viria uma risada nojenta de um velho, mas não, eu escutei um suspiro seguido por choro.

Levantei a cabeça devagar e encarei a loira que eu nunca imaginei ver nesse lugar.

Índia: Carol?

Sussurrei sentindo uma lágrima descer pelo meu rosto.

Carol: pelo amor de Deus, Manuela.

Ela praticamente veio correndo na minha direção e me abraçou com força, eu tava paralisada sem reação nenhuma e só me toquei no choro abafado dela.

Carol: reage Manuela, reage porra.

Ela colocou uma mão em cada ombro meu e me balançou olhando no meu olho e eu puxei meu ar que tava começando a faltar.

Ela me puxou em direção a cadeira e me colocou sentada se ajoelhando na minha frente e pegando nas minhas duas mãos apertando.

Carol: eu não sei o que ta passando na sua cabeça, mais eu tô vendo e eu sei que você não ta nada bem, mais pelo amor de Deus Manuela reage caralho, não faço a mínima ideia de que inferno você passou todo esse tempo mais eu entendo que não é nada fácil sobreviver nisso aqui, mais pensa nos seus filhos, porra eles precisam de você.

O dia que eu fui presa veio na minha mente, os últimos minutos que eu tive com os meus filhos, brincando com o meu menino e com a minha menina nos meus braços, os dois pequenos.

Índia: o que que aconteceu com os meus filhos?

Ela suspirou e eu percebi o peito dela subindo e descendo com a respiração descontrolada.

Carol: eles tão bem, o problema é o Vilão.

Índia: que que aconteceu com o Diogo? - ela me encarou enrolando com as palavras - fala Carolina.

Carol: ele ta na uti, levou um tiro no peito direito, pegou no coração, ta entre a vida e a morte Manu.....

Sussurrei um "não" negando com a cabeça e tentei soltar das mãos dela mais ela apertou ainda mais.

Carol: me escuta, ele ta sendo bem cuidado e vai sair dessa bem e só ter fé, o que a gente tem que resolver agora é você, você não tem noção de quantos presídios a gente te caçou

Índia: como assim?

Carol: essa cadeia, tudo isso aqui, a gente ta no Mato Grosso do Sul, foi um inferno te achar Índia.

Arregalei os olhos olhando ao redor da salinha escura que só tinha uma mesa no meio com 2 cadeiras.

Índia: tirando você, veio mais alguém pra cá?

Sussurrei não confiando na privacidade que literalmente não existe nesse lugar.

Carol: veio no mínimo uns 20 dos homens do Vilão, a gente ta arrumando de tudo pra te tirar daqui ainda esse mês, Fiel ta parecendo louco estudando cada canto desse inferno.

Balancei a cabeça concordando e perdendo meu olhar novamente imaginando o corpo morto do Ricardo.

Carol: olha aqui, quando você sair daqui a gente vai cuidar dessa sua saúde mental Manu, lá fora você tem filhos, eles já tão crescidos mais mesmo assim precisam da mãe bem

Índia: eu só quero eles de volta Carol, o Diogo e a minha vida de volta.

Carol: calma, a gente vai te tirar daqui, eles sumiram com você por todo esse tempo exatamente pra gente não te encontrar, mais agora finalmente vai dar tudo certo.

Concordei com a cabeça abraçando ela e respirei fundo.

Índia: como meus filhos tão?

Ela sorriu puxando uma foto e me deu, meu Deus.

Era os dois em cima de uma moto, Felipe tava lindo com a cara idêntica do Kaique e a Anna Luiza, minha cópia, o cabelão preto batendo na bunda, moreninha com o cabelo liso, Índiazinha igual, mais dava pra ver no olhar a marra que ela exalava, puro o pai dela.

Carol: isso foi no meio do ano passado, eles eram próximos demais, viviam grudados,tiveram uma briga por causa do namorado da Anna e hoje se falam um oi é muito.

Índia: Anna Luiza namora?

Carol: com o Thiago filho do Thomas, lembra?

Índia: Th? Adoro ele.

Carol: ele morreu em trocação a uns anos atrás, foi depois disso que o Thiago começou a ter um comportamento mais agressivo.

Índia: ele não ta batendo na minha filha né?

Carol: não sei amiga, Anna Luiza tem a personalidade inteira do Diogo sabe esconder as coisas muito bem mais as vezes eu desconfio que sim.

Respirei fundo, percebendo que tudo que eu queria era os meus filhos, ver o quanto eles cresceram e o Diogo, saber como ele ta e ter notícias dele no hospital.

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