Carrasco.

29 3 0
                                    

  Na manhã seguinte Luan acorda lentamente, o corpo estava pesado, ele havia dormido um sono muito profundo e tranquilo, se espreguiça na cama e quando olha para o lado, como de costume estava sozinho, ele se senta e olha ao redor, as coisas do Limão não estavam mais ali, ele revira os olhos pensando como algumas coisas nunca mudam.

  De repente sente o cheiro de café recém coado, imediatamente ele se lembra que, quando sua mãe estava viva esse cheiro era comum nas manhãs da família, curioso, se levanta e vai até a cozinha, encontrando Limão arrumando a mesa, sobre ela o rapaz colocou o café, leite, pão francês e pães de doce, alguns pedaços de bolo, queijo, doce de leite e requeijão.

_O que é tudo isso? _Pergunta Luan se aproximando ainda um pouco sonolento.

_Bom dia flor! Dormiu bem? _Pergunta Limão, indo até ele e dando um beijo na bochecha do menor.

_Quem é você? O que fez com o Limão? _pergunta Luan sorrindo em seguida.

_Palhaço, vem vamos comer. _Convida Limão, se sentando a mesa.

_Nossa que mesa linda, tá parecendo café da manhã de hotel. _Diz Luan, se sentando.

_Eu quis fazer uma surpresa pra tu, na verdade a moça da padaria me ajudou. _Responde Limão, ficando um pouco tímido.

_Que fofo, obrigado! _Agradeceu Luan, em seguida pegando um pão e usando para esconder o rosto, envergonhado.

_Eu acordei cedo, fui levar as armas e o colete, passei no meu quarto e peguei minhas coisas, trouxe tudo pra cá. _Diz Limão, apontando para sala onde estavam duas bolsas cheias de roupas e itens pessoais.

_Já? _Pergunta Luan quase se engasgando com o café.

_Sim! Você disse que eu podia me mudar ainda hoje.

_Ah é. _Diz Luan, pensando em como Limão podia ser tão direto e levar tudo a sério.

_Daqui a pouco vou sair, tenho umas paradas pra resolver. _Diz Limão, enquanto enche um pão com doce de leite e queijo.

_Tá ok, só toma cuidado.

  Ao ouvir essas palavras Limão fica parado ainda com um pedaço de pão na boca, ele encara Luan que o encara de volta sem entender, depois de algum tempo ele começa a sorrir enquanto volta a comer, Luan observa tudo desconfiado e confuso.

  Algum tempo depois ele estava na quebrada supervisionando a venda de drogas, dessa vez um local que funciona como uma feira, um beco onde as drogas são exibidas para os fregueses em uma banca, todos os tipos de drogas que eles comercializam, desde as mais baratas até as mais puras, o cliente chega, escolhe e paga, dois homens armados com fuzis guardam a entrada do beco e recebem os clientes.

_E aí Limão, tá suave mano? _Cumprimenta o homem que chega ao local.

_E aí Rato, passa a visão. _Responde Limão.

_Papo, O Lobão tá te convocando mano, não sei qual é a fita.

_Valeu, tô indo lá, assume a parada aí pra mim. _Diz Limão, apertando a mão do Rato e em seguida eles se aproximam e esbarram os ombros.

Limão sai do beco e vai até sua moto, ele monta e segue até o prédio em construção que Lobão usa como base, chegando ao local, cumprimenta os homens que estavam presentes e sobe três lances de escadas até chegar à sala do Lobão, mas quem ele encontra lá é o Capeta.

_E aí, tu viu o Lobão? _Pergunta Limão, ao ver o seu companheiro sentado em uma cadeira fumando.

_Ele não tá, mas fui eu quem mandou te chamar. _Diz Capeta.

Limão doce; amor e sangue.     (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora