Segunda chance

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Olá, queridos, não esqueçam de não ser fantasmas e eu vou adorar ver o que vocês vão achando de cada cena, então comentem. Desculpem ter demorado tanto, muitas coisas pra fazer, enfim. Eu sei que a maioria de vocês são maduros e entendem.

Maya estava quase em estado de choque, fazendo seu plantão no hospital, quando avistou Louise e Liv chegando, inconscientes, sobre a maca que os paramédicos empurravam com pressa. A cena diante dela era surreal, um pesadelo. Ela mal conseguia processar a realidade quando sua ira se transformou em um turbilhão de emoções, e logo a explosão veio na minha direção por eu não ter atendido suas inúmeras ligações.

— Seu desgraçado! — gritou, a voz carregada de raiva e desespero, enquanto seu punho colidia com meu tórax, me pegando de surpresa. — Eu te entrego a menina bem e saudável, e você me devolve ela hospitalizada, desmaiada! Seu irresponsável! Por que você não cuidou dela?!

Arregalei os olhos, sentindo o peso de sua indignação. O desespero que transparecia de sua expressão me cortava mais do que qualquer soco. Quando as lágrimas começaram a escorregar pelo rosto de Maya, meu coração acelerou.

— Calma! Maya, por favor! — gritei, segurando seus pulsos com firmeza, tentando guiá-la de volta à razão em meio ao caos. — Calma!

— Por que você não me atendeu?! O que está acontecendo com a minha filha?!

As palavras dela ressoaram como um eco de horror e desespero. No que eu pensava ao deixar sua angústia sem resposta por tanto tempo?

— A Liv está bem! — falei, tentando transmitir confiança nas minhas palavras. — O Marcos sequestrou as duas, mas eu e minha equipe chegamos a tempo de resgatá-las. Eu que mandei sedar as duas para que pudéssemos levá-las ao hospital! Louise pode ter sido violentada, então eu preciso que você diga isso ao médico dela! Precisávamos garantir que elas estivessem bem, fazer exames clínicos para verificar se esse sequestro as afetou fisicamente de alguma forma. A Liv... fisicamente, parecia bem, mas estava com medo e acabou fazendo xixi nas calças. Como ela estava com medo, pedi para tranquilizarem ela com medicação. Ela tá dormindo por conta da sedação. Apenas calma, pelo amor de Deus!

As palavras que eu pronunciava pareciam quase insuficientes diante da tempestade emocional naquela sala de recepção do hospital. O olhar de Maya, um misto de fúria e desespero, se suavizou um pouco ao ouvir minhas palavras.

— Mas como a Liv e a Louise foram sequestradas juntas, o que tem a ver uma coisa com a outra? Liv não tinha que estar sob a sua responsabilidade?!

— Eu falhei! Eu falhei como pai! Eu admito, eu falhei! Eu já estou me culpando o suficiente por isso. Eu sabia que aquele psicopata iria atrás de mim, mas não esperava que ele fosse sequestrar minha filha. Eu tinha que ter pensado nisso e deixado ela segura, com você.

— Esse é o problema, Jimin! Você não pensa!

Sem perder tempo, ela seguiu os paramédicos, ansiosa por cuidar de Liv pessoalmente. Meu coração pesava enquanto eu corria para casa, buscando roupas secas e limpas para quando minha filha acordasse. O caminho pareceu interminável, os pensamentos agitados me afligindo. No caminho, dirigindo, eu chorei, ao pensar na possibilidade de Louise ter sido violentada de novo, pois eu me culpava por isso. Me culpava por não ter chegado a tempo.

Quando voltei ao hospital, Maya estava ao lado de Liv, cuidando dela. Bati suavemente na porta, e quando ela me encarou, havia um resquício de um furor contido em seus olhos.

— Entra.

— Trouxe as roupas dela, pra quando ela acordar e não vai demorar muito pra isso acontecer.

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⏰ Última atualização: Aug 08 ⏰

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