Vingança implacável

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Olá, leitores, trago mais um capítulo e espero ansiosa por seus comentários. Por favor, não sejam fantasmas.

JIMIN

Após todo o escândalo da CPI, eu e Louise nos afastamos. Naquele dia turbulento, tive uma operação na Maré de última hora no Bope e quando voltei pra casa, Louise já não estava mais lá.

Ela havia ido embora. Suas coisas não estavam mais em minha casa. Louise acabou seguindo seu rumo sem ao menos se despedir, voltando pra sua casa. Nada mais natural, afinal ela não precisava mais de um esconderijo.

Antes de sair, ela deixou uma carta em cima da mesa da sala.

"Agradeço do fundo do coração pela estadia e pelo acolhimento, mas chegou a hora que você já sabia que viria, a hora de seguirmos nossas vidas. Eu te perdôo por tudo e peço perdão também, seja feliz. Com carinho, Louise."

Enxuguei minha lágrima que escapou do meu olho com um tapa leve em meu rosto.

Louise simplesmente fugiu. Não quis dizer todas essas coisas na minha cara, ela fez um pouco melhor do que eu fiz quando segui rumo ao Bope, afinal nem carta eu deixei pra ela.

Eu confesso que eu a entendo, seria muito desconfortável se despedir de mim, depois de tudo que aconteceu, olhando no meu olho. Louise nunca soube encarar uma conversa franca e séria comigo, expondo sentimentos de maneira verdadeira, olho no olho, depois de tudo que aconteceu seria desconfortável demais.

Mesmo assim, eu me senti frustrado e insatisfeito.

Eu precisava de uma desculpa pra ir até a casa dela, encará-la olho no olho, pra ter certeza se o que nós queremos mesmo é nos afastar. Pra ter certeza se o que ela quer de fato é ficar longe e seguir uma vida separada da minha.

Comecei a procurar pela casa, pelos cômodos, qualquer pertence seu para usar como justificativa de ir até a casa dela. Procurei feito louco e não encontrei nada a não ser um elástico de prender cabelo.

Era da Liv, não da Louise.

O elástico de cabelo era rosa de pelúcia, minha filha sempre usa e sempre usou e eu tinha consciência de que esse elástico não era da Louise, mas para encontrá-la vou fingir que "achei que fosse".

Foi usando o elástico como desculpa, que eu dirigi até o prédio onde Louise mora, acionei o interfone, avisando que eu tinha algo muito importante pra entregar a ela e ela acabou permitindo que eu subisse.

[•••]

— Oi. — disse ela, após abrir a porta, de cabelos molhados e pijama de frio.

— Eu vim entregar seu elástico de cabelo. — eu disse, lhe estendendo a mão que segurava o elástico. Seus olhos desceram até o elástico em minha mão e depois subiram, para me encarar.

Ficamos em silêncio nos encarando, então acionei aquele meu botão do foda-se que, por natureza, já está emperrado e segui meus instintos, quando eu fiz o que eu quis muito fazer, jogando o elástico para qualquer canto, para, em seguida, agarrar seu rosto, colando minha boca na sua, e a beijando, praticamente esmagando seus lábios com os meus, pegando-a de surpresa.

De repente todos os resquícios de sanidade se esvaíram e, como se fôssemos magnetizados, fomos atraídos um pelo outro, nos beijando em um frenesi desejo incontrolável.

Minhas mãos se firmaram em sua cintura, impulsionando-a para cima. Ela teve que se apoiar em meus ombros enquanto minhas mãos deslizavam suavemente por suas coxas, segurando-as delicadamente em meus braços, sentindo suas pernas se entrelaçarem em volta do meu corpo.

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