Vingança é um prato que se come frio

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Oi, gente. Capítulo postado, então comentem o que vocês vão achando, pois o comentário de vocês em cada cena do capítulo, me anima a continuar a obra. Amo ler os comentários de vocês, assim como eu espero que vocês amem ler os capítulos. Abraços.

Louise dormiu de tanto chorar, fiquei um tempo acordado durante a madrugada, mesmo que eu estivesse deitado ao seu lado, mas  quando eu estava quase dormindo, meu celular tocou de novo. O peguei no meu bolso e vi o identificador de chamada, mostrava que era Mateus, um dos oficiais do Bope.

Atendi, levando o aparelho até meu ouvido.

— Oi. — eu disse.

— Oi, Major. — disse ele. — Não tenho notícias boas.

— Não?

— Não.

— O que houve? — perguntei e escutei um suspiro do outro lado da linha.

— Juarez foi assassinado na porta de casa. — disse ele e sua voz, durante a frase, foi ficando embargada.

Essa notícia me pegou de surpreso e me deixou em choque.

Eu fiquei em silêncio, tentando respirar. Meu coração congelou. Foi um baque.

Juarez era um dos caras mais antigos do Bope, a quem eu confiava muito e estava ultimamente tendo mais contato, conversando mais.

— Como assim? — Me ergui e me sentei na beirada da cama, de costas para o corpo da Louise. — Eu vi ele ontem! Literalmente ontem!

— É assim, a morte é assim. Vem de surpresa. Todos nós estamos muito abalados, a morte dele vai ser vingada, Jimin! Pode ter certeza que vai! Onde você está? Você tá em casa?

— Não.

Fiquei tão em choque que nem chorar eu conseguia. Nem respirar direito.

— Os policiais receberam a notícia e vieram pra cá. — disse ele. Repare, já era quase três horas da manhã. — Vem pra cá.

— Ir pra aí? Não, eu não posso ir aí agora. — eu disse, segurando a angústia entalada na garganta. Engolindo em seco. — Logo no amanhecer, eu chego aí.

— Beleza. — disse ele e eu desliguei, respirando.

Olhei pra um ponto fixo no quarto, inerte, quando meus olhos marejaram e eu chorei em silêncio, apoiando meus cotovelos nas coxas e me permitindo chorar, com o rosto escondido nas minhas mãos. Sentindo uma mistura de sentimentos desde ódio e tristeza à revolta e angústia.

— Jimin? — Escutei Louise me chamar, baixinho, atrás de mim. Ignorei. — O que aconteceu? Alguma notícia?

— Eu tô... Eu tô arrasado. — Desabafei.

— O que aconteceu?

— É do batalhão, não tem nada a ver com sua estagiária. — eu disse, respirando fundo em seguida e engolindo o choro.

— Você pode contar? — perguntou, colocando a mão no meu ombro, quando funguei.

— Você já vai saber de qualquer forma. Um amigo meu foi assassinado essa madrugada, na porta de casa. O Juarez. — eu disse e Louise apoiou o queixo no meu ombro, me abraçando por trás.

— Poxa, eu sinto muito. — murmurou ela, me abraçando. A ficha não caía de jeito nenhum.

— Eu não consigo acreditar, eu vi ele ontem! Ontem mesmo! — eu disse, revoltado.

— É revoltante, né? Como notícias assim chegam de surpresa. — disse ela.

Louise estava grogue pelos remédios. Tentou me consolar com mais algumas palavras, mas acabou não falando coisa com coisa. Estava muito dopada.

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