Capítulo 9

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**Capítulo 9: Repercussões e Revelações**

A escola Luís Vaz estava em polvorosa na manhã seguinte. Os eventos do dia anterior ainda ecoavam pelos corredores, e todos aguardavam ansiosamente para ver como as coisas se desenrolariam.

Cauê estava visivelmente abatido quando entrou na sala de aula. Os olhares e cochichos dos colegas o faziam sentir-se ainda pior. Ele sabia que sua reputação estava manchada e que teria que lidar com as consequências de suas ações.

Na diretoria, Alice estava sentada em frente a Sarita, que tinha uma expressão séria no rosto.

— Alice, não posso ignorar o que vi ontem. Você tentou agredir uma colega. Isso é muito grave — começou Sarita.

— Eu sei, e sinto muito. Eu perdi o controle — respondeu Alice, com a voz trêmula.

— Precisamos decidir o que fazer a respeito. A expulsão é uma possibilidade real — disse Sarita, olhando diretamente nos olhos de Alice.

— Por favor, não me expulse. Eu prometo que vou melhorar, vou procurar ajuda — Alice implorou.

Sarita suspirou, pensando na situação.

— Vou dar uma última chance, Alice. Mas você estará em observação, e qualquer outro deslize, será expulsa — decidiu Sarita.

Enquanto isso, na cantina, Letícia e Naat continuavam sua conversa.

— Você acha que Alice vai ser expulsa? — perguntou Letícia, curiosa.

— Não sei, mas ela se meteu em uma enrascada dessa vez — respondeu Naat.

De repente, Maia se aproximou com um sorriso malicioso.

— Vocês ouviram a última? — perguntou Maia, sem esperar resposta. — Sarita acha que Alice foi a responsável pelo laxante na comida.

— O quê? Isso não faz sentido! — exclamou Naat.

— Pois é, mas agora todos acham que Alice é a culpada de tudo — disse Maia, satisfeita com o efeito de suas palavras.

No meio da confusão, Flora estava no banheiro, ainda se recuperando do susto do dia anterior. Enquanto se olhava no espelho, uma figura conhecida entrou.

— Flora, eu... — era Alice, que entrou, parecendo arrependida.

— O que você quer, Alice? — Flora perguntou, virando-se rapidamente.

— Eu só queria pedir desculpas. Eu não sei o que me deu ontem. Perdi o controle e me sinto horrível por isso — disse Alice, com sinceridade na voz.

— Você quase me machucou de verdade, Alice. Como você espera que eu confie em você de novo? — Flora respondeu, cruzando os braços.

— Eu sei que não será fácil, mas estou disposta a fazer o que for necessário para mostrar que mudei — disse Alice.

Enquanto isso, na sala de aula, Cauê estava tentando se concentrar, mas seus pensamentos estavam dispersos. De repente, a porta se abriu e Elisabeth, a ruiva carismática, entrou com um sorriso suave.

— Cauê, ouvi o que aconteceu. Você está bem? — ela perguntou, sentando-se ao lado dele.

— Eu estou tentando lidar com isso, mas não está fácil — respondeu Cauê, com um suspiro.

— Você sempre pode contar comigo — disse Elisabeth, tocando o braço de Cauê.

O gesto simples de Elisabeth trouxe um pouco de conforto a Cauê, que sorriu agradecido.

Os dias seguintes seriam desafiadores para todos na escola Luís Vaz. Com tantas intrigas e mal-entendidos, cada um teria que lidar com suas próprias batalhas internas e externas. As repercussões das ações de Alice, Cauê, Letícia e Naat estavam apenas começando a se desenrolar, e a escola nunca mais seria a mesma.

Entre os cachos encaracolados Where stories live. Discover now