Capítulo 10

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**Capítulo 10: Palco de Emoções**

A escola Luís Vaz estava em alvoroço com a preparação para a grande peça anual. Glece, conhecida por sua energia e entusiasmo, foi escolhida para comandar tudo. No entanto, a pressão e a responsabilidade rapidamente começaram a afetá-la.

— Eu quero perfeição, pessoal! — Glece gritava, enquanto corria de um lado para o outro no teatro. — Nada de erros!

Cauê, Naat, Letícia e Sofia estavam entre os alunos escolhidos para os papéis principais. Sofia, com seu talento natural, foi escalada para o papel principal, o que deixou Fernanda, sua amiga, morrendo de ciúmes.

— Não acredito que ela conseguiu o papel principal e eu não! — resmungava Fernanda nos bastidores.

Enquanto isso, Glece estava no auge do seu estresse. Qualquer pequeno erro a fazia surtar.

— Letícia, você entrou na marca errada de novo! — Glece berrava. — E, Naat, projete sua voz, pelo amor de Deus!

— Glece, estamos todos fazendo o nosso melhor, você precisa relaxar — disse Cauê, tentando acalmar a situação.

— Relaxar? Estamos a uma semana da estreia e nada está como deveria! — Glece respondeu, visivelmente irritada.

A tensão no teatro estava no ar, mas havia mais drama nos bastidores do que no próprio palco. Cauê, que vinha se aproximando de Sofia, decidiu dar um passo à frente.

— Sofia, você tem sido incrível em todos os ensaios. Eu estava pensando... você quer sair comigo? — perguntou Cauê, com um sorriso nervoso.

Sofia, surpresa e feliz, aceitou.

— Claro, Cauê! Eu adoraria!

Enquanto os dois sorriam, Flora, que observava de longe, sentiu uma pontada de ciúmes.

— Então agora ele está interessado na Sofia... — murmurou Flora, tentando esconder sua frustração.

Mas o maior drama estava se desenrolando no banheiro da escola. Alice, consumida pelo ódio e pela frustração de ver Flora aparentemente arruinando sua vida, começou a se ferir, incapaz de lidar com a dor emocional.

— Ela está destruindo tudo para mim — Alice chorava, sozinha, enquanto lágrimas silenciosas deslizavam por seu rosto.

No meio desse turbilhão, Maia, sempre procurando uma nova emoção, encontrou Letícia sozinha nos bastidores.

— Você está bem, Letícia? — perguntou Maia, se aproximando.

— Não exatamente, tudo isso está me deixando louca — Letícia respondeu, cansada.

Num impulso, Maia se inclinou e beijou Letícia. Naat, que passava por ali, viu a cena e ficou parada, chocada.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou Naat, a voz embargada pela surpresa e tristeza.

De volta ao teatro, Glece continuava a perder a paciência com a equipe.

— Cauê, seu timing está completamente errado! Você tem que entrar quando eu sinalizar, não antes! — ela gritou.

— Glece, nós estamos todos tentando, mas você precisa parar de gritar — disse Naat, tentando manter a calma.

— Tentando? Isso não é suficiente! Nós precisamos da perfeição! — Glece respondeu, seus olhos brilhando com a intensidade do estresse.

— Glece, está tudo bem se as coisas não forem perfeitas. Todos nós estamos aprendendo — interveio Letícia, tentando acalmar a situação.

— Não, não está bem! Eu sou a responsável por isso, e não vou deixar ninguém arruinar meu trabalho! — Glece gritou, antes de sair furiosa do palco.

A peça estava prestes a começar, mas os dramas pessoais estavam longe de acabar. Com tantas emoções à flor da pele, as consequências dessas ações estavam apenas começando a se desenrolar. No palco e nos bastidores, a escola Luís Vaz se tornou um verdadeiro palco de emoções e revelações, e todos estavam à beira de uma tempestade que mudaria suas vidas para sempre.

Entre os cachos encaracolados Where stories live. Discover now