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ELKE

Às oito da manhã eu já estou encarando o teto do meu quarto, bem aceso, devo ter acordado há uma hora. Passei a noite pensando no Franz, o jeito decidido e olhar marcante dele me deixaram intrigado.

Levanto, tomo um banho e visto uma roupa leve pra correr, então desço, saio de casa e dou início ao meu jogging. Eu gosto de dar algumas voltas no quarteirão todos os dias, já que sou velocista.

Perto de uma praça bem bonita e arborizada, eu vejo o Franz correndo também e paro de uma vez. Ele me olha surpreso e sorri, me lançando aquele olhar marcante ao se aproximar.

— Oi--

Puxo ele pela gola e o interrompo com um beijo quente e molhado, o qual ele corresponde a altura. Acabamos com uns selinhos quando ficamos sem fôlego.

— Oi. — eu digo.

— Vejo que ficou pensando em mim.

— Como não ficaria?

— Claro, eu fui o melhor boquete da sua vida.

Sorrio nervoso.

— Relaxa, eu me orgulho disso, Elke.

— Mudando de assunto, você mora por aqui? — pergunto.

— Moro.

— Por que eu nunca te vi na escola?

— Eu não estudei na escola aqui perto, me mudei pra cá no último ano e não quis me separar dos meus amigos. Nós não vamos todos pra mesma faculdade, sabe?

— Entendo.

— Vejo que gosta de correr também. — Franz pontua.

— Curto bastante, sim.

— Ei, aceita tomar café da manhã comigo?

Sorrio largo.

— Claro.

Seguimos andando lado a lado, com nossas mãos quase se tocando enquanto eu o olho em silêncio. Sorrio acanhado, sentindo uma coisa boa em meio a nossa quietude agradável.

— Então. — Franz começa a falar. — Você é velocista?

— Sim, foi o que me deu uma bolsa pra faculdade em Berlim.

— Jura? Pra mim também!

— Em Berlim?

— Sim!

Puta merda, estaremos perto um do outro!

— Isso é bom. — digo.

— Bastante eu diria. — ele sorri de lado.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora