Jovenzinhos (Gay)

#23

GUNTER

Hoje é sexta, e nesse momento eu e o Bruno estamos indo pro acampamento. Estou sozinho com ele, já o Johann está indo com o Elke e o Franz.

— Gracinha. — o Bruno me chama.

— Oi, gatinho. — sorrio.

— Eu venho preparando uma coisa há um tempo, e chegou a hora de eu te contar.

— Tá, o que é?

— Eu vou voltar pra Berlim.

— Sério?!

Meus olhos devem ter brilhado com força agora.

— Sim, eu deveria ter voltado pra lá depois de me formar.

— Oh.

— E não menos importante que isso, eu conheço um novinho bem gracinha que vai começar a faculdade lá.

Sorrio igual um bobão.

— Ah, é mesmo?

— Falando sério agora. Gunter, você quer namorar comigo?

— Ai... meu Deus. É claro que eu quero!

— Então ótimo, eu gosto muito de você, e tô apaixonado. Eu quero ser muito bom pra você e te tratar bem.

— E me foder bastante.

— Muito bem, diga-se de passagem.

— Bruno, eu também tô apaixonado. — digo dando um beijo na bochecha dele. — E que bom, porque agora eu sou seu namorado. Como eu já disse, não vou te deixar escapar.

— Agora eu tô grudado com você, gracinha. — ele diz alisando minha coxa.

Um tempo depois chegamos ao acampamento.

— Ooh, aqui é ótimo. — o Bruno diz.

— Realmente.

Saímos do carro e encontramos os outros.

— Meninos, me ajudem a montar minha barraca? — o Johann pergunta.

— Claro. — eu e o Elke falamos.

Chegamos num canto com ele.

— Você vai dizer por que veio sem par? — Elke pergunta.

— Ah, eu larguei o Friedrich, ele é um mentiroso. Acreditam que eu não consegui sair com ele esse tempo todo por que ele sempre inventava uma desculpa?

— Ele não queria ser visto com você? Típico. — digo e o Elke me repreende com o olhar.

— Você tá bem, Johann?

— Mais ou menos. Eu me apaixonei por ele, só que ele tinha uma namorada ainda por cima, descobri essa semana.

— Que passivona doida! — faço careta.

— Ele mentiu bastante pra mim, e eu queria acreditar... Eu apenas disse que não seria o casinho de ninguém e me mandei.

— Tá certo. E desculpa, você vai acabar segurando vela esse final de semana.

— Não esquenta. Eu vou ficar bem.

É de noite, eu e o Bruno estamos deitando agora na nossa barraca.

— Fico muito feliz de saber que eu sou um dos motivos pelos quais você vai voltar pra Berlim. — digo.

— Mas é claro. Eu sinto por você o que nunca senti antes, ia ser ruim ficar longe do meu novinho.

— Muito. Ai, eu tenho um namorado do jeito que eu sempre quis!

Ele me puxa pra um beijo lento e carinhoso, então as coisas esquentam e o mesmo vai ficando por cima de mim.

— Isso é o que os próximos meses prometem.

— Cala a boca e me come.

FIM

*Sequência em breve.*