#11

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GUNTER

Estou num barzinho no final da tarde, não tem muito tempo que eu cheguei e eu só bebi Coca com uísque.

Eu estou aqui caçando rola, e já troquei olhares com um cara mais velho que eu, mas novinho. Ele é bonitão, gostoso, forte, bronzeado e tem belos olhos cor de mel. Ah, e tá interessado em mim.

Eu sei que chamo atenção e uso isso ao meu favor, por isso estou usando um lenço azul no pescoço, um cropped branco, uma calça jeans clara e tênis brancos. Pelo menos um, como esse gato do bar, olha pra mim com intenção.

Sugo um pouco de refri pelo canudo, me insinuando pra ele ao usar meus lábios de forma maliciosa. Ele me encara mordendo o lábio e levanta, me fazendo sorrir convencido ao vir em minha direção.

— Oi. — o mesmo diz ao chegar na minha mesa.

— Olá.

— O que bebe...

— Gunter.

— Gunter.

— Estou bebendo uísque com Coca.

— Você parece muito novinho pra estar bebendo uísque, Gunter. Posso me sentar com você?

— Deve...

— Anselm. — ele responde se sentando.

— Embora eu não quero que você fique muito, preferia que você me levasse pra um lugar mais reservado.

Anselm sorri vitorioso.

— Você é direto, hein, Gunter. Bem, eu vou pagar a sua conta e a gente pode ir.

— Obrigado.

O Anselm levanta e eu termino de beber, indo até a porta pra esperar por ele. Não demora muito e nós já estamos no carro dele.

— Não quer ir me chupando logo?

— Aqui fica desconfortável. Espera que vai valer a pena, eu me garanto.

Chegamos no apartamento dele e entramos.

— Quer alguma coisa pra beber?

— Aceito água, na verdade.

Ele me leva pra cozinha e me dá um copo d'água, então começamos a nos beijar com vontade já nos tocando. O telefone dele começa a tocar, mas o mesmo não atende e continua me beijando, então mensagens começam a pipocar no celular dele.

— Espera. Na verdade, eu preciso responder.

— Tá bom.

Anselm pega o celular e digita um pouco, virando os olhos e bufando.

— É minha namorada, eu tenho que ir ver ela.

Como é que é?

— Namorada?

— Eu não demoro. Me espera aqui, a gente pode continuar de onde paramos.

Ele sai apressado e eu fico de cara. Eu não fico com caras comprometidos, esse idiota acha que eu sou o quê?

Estava a ponto de me levantar quando ouço passos.

— Gunter?

— Bruno? Oi!

Ele já tá sem camisa, exibindo aquele peitão que mais parece uma parede de tijolos de tão duro. Bruno tem um corpão que com certeza ocupa espaço, como o belo exemplar de homenzarrão que ele é.

— Oi! — ele se vira parecendo procurar por alguém, e como está com as mãos na cintura, posso ver a envergadura impressionante de suas costas.

Porra, as costas dele são lindas! Muito bem definidas como o peitoral, e também tem o vitiligo que o deixa ainda mais perfeito e único.

Que delícia...

— Cadê o Anselm?

— Foi embora.

— Ué.

— Ele foi ver a namorada.

Bruno vira os olhos.

— O idiota do meu amigo te deixou pra ir ver a namorada... Cuzão.

— Se eu soubesse que ele era comprometido eu nem tinha vindo. — abaixo a cabeça.

Ele se aproxima perigosamente e fica na minha frente, e eu sinto um cheiro gostoso de desodorante de macho e perfume.

— Eu não tenho ninguém, se ficar comigo não precisa se sentir culpado. Nossa transa ainda está na minha cabeça. — olho pra ele.

O safado sorri convencido e alisa minha coxa, e eu só faço sorrir do mesmo jeito, passando as mãos em seu peitoral.

— Me beija. — peço.

Ele me puxa de forma bruta e me coloca na bancada da cozinha, então me dá outro de seus beijos maravilhosos. Esse é mais intenso que da última vez, já que Bruno dá uma mordiscada no meu lábio inferior e enfia a língua na minha boca de forma inebriante. Um calor toma conta de mim e eu puxo a cintura dele com as pernas, roçando nossas ereções e apertando suas costas, que estão numa temperatura perfeita.

— Porra... — digo ofegante ao que somos obrigados a nos afastar por causa da falta de ar.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora