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JOHANN

É de manhã, eu, o Elke e o Gunter estamos numa ligação.

— Ai, o Bruno é tudo de bom. — Gunter diz todo encantado.

— Imagina só o que ele faz. — eu rio.

— Fui obrigado a acordar ele de madrugada pra transar, foi incrível.

— Soa incrível também. — o Elke diz. — Uma madrugada quente, ui.

— Então um encontro foi uma boa ideia, né? — pergunto.

— Mas é claro! Nós dois queremos ser algo a mais.

— Quero levar o Friedrich pra um encontro também.

— É? Maravilha, então!

— Eu também quero levar o Franz pra sair. O que acham de eu levá-lo pra dançar? — Elke pergunta.

— Super apóio. — eu respondo.

— É com certeza uma boa, Elke, levar pra jantar é muito normal.

— Mais uma coisa, Gunter.

— Sim?

— Acho que chegou a hora de você me dar aquelas dicas sobre chuca. Tô querendo tentar uma coisa nova com o Franz.

— Achei que você nunca mais ia tocar nesse assunto! Vamos lá.

— Pessoal, eu vou resolver umas coisas pro encontro e ligar pro Friedrich e chamar ele.

— Tá bom.

— Tchau.

Finalizo a ligação com eles e levanto, então pego minhas maquiagens. Vou testar uma sombra alaranjada que vi no Pinterest.

— Gostei... — digo depois de terminar a maquiagem.

Tiro uma foto e mando pro Friedrich, então passo demaquilante e parto pro meu guarda-roupa pra escolher uma roupa para o encontro. Enquanto isso meu celular toca e eu vou atender, é ele.

— Oi! — digo.

Coloco no viva-voz e continuo no guarda-roupa.

— Oi. Johann, você ficou muito lindo com essa sombra! Bom, mais lindo do que já é.

— Obrigado, bem. O que tá fazendo?

— Nada.

— Gosto de ouvir sua voz. Friedrich, eu quero te levar num encontro.

— Ah, é?

— Estou doido pra isso. E tô pensando em usar uma sombra nos olhos ou algo do tipo.

— Puxa, eu adoro quando você se maqueia! Vai ficar lindo.

— Eu mesmo amo botar uma corzinha, você sabe. Que tal amanhã o encontro, bem?

Encontro uma linda camisa de renda lilás com botões.

— Essa aqui...

— Então, Johann, amanhã não vai dar porque minha mãe me pediu ajuda com uma coisa. Aliás, eu vou... ter que ajudar ela o resto da semana.

Encaro o telefone em silêncio, voltando a olhar pra peça de roupa em minha mão.

— Entendi... A gente sai outro dia, então, eu faço questão.

— Não, eu também. Desculpa.

— Não é culpa sua, bem.

— Eu até tentaria desmarcar com minha mãe na sexta, mas ela e meu pai muito difíceis.

— Sinto muito.

— Fazer o que, né?

Dou um pequeno sorriso ao pendurar a camisa lilás atrás da porta, já vai ficar preparada pra eu sair.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora