#16

17 2 0
                                    

JOHANN

Termino o beijo com alguns selinhos.

— Johann, pega água pra mim?

— Mas é claro.

Levanto, visto meu short e saio do quarto, andando até a cozinha. Paro no meio do caminho ao ver um homem.

— Ah, oi.

— Oi...

— Eu sou Leopold, primo do Friedrich. Acabei de chegar.

Ele é alto e magro, tem o corpo bem parecido com o meu. Parece que o Friedrich realmente tem um tipo.

— Sou o Johann.

— Bom, eu meio que ouvi o seu nome, né.

— Se você tava aqui, não tinha como não ouvir.

— Mas tá de boa, não me incomodou.

— Eu vou entrar na sua cozinha, tá? Vim pegar água pro Friedrich.

— Fique à vontade. Se o Friedrich gosta de você, eu também gosto, a casa é sua.

— Obrigado.

Chego na cozinha, bebo água e levo pro Friedrich.

— Seu primo chegou.

— Ah, é? — ele diz despreocupado bebendo a água, pelo jeito não lhe incomoda seu primo ter ouvido os gemidos.

Sorrio convencido.

— O que foi?

— O seu primo. Eu notei nossa semelhança, é uma preferência sua oficialmente.

— Seu bobo.

Tiro meu short de novo.

— Vamos tomar banho.

Ele assente e levanta.

Tomamos um banho rápido e nos vestimos de novo, Friedrich só de cueca e eu de short.

— Me faz carinho agora. — ele pede ao se deitar.

— Com muito gosto, meu bem. — digo beijando sua bochecha.

Ele fica todo todo e eu me aconchego atrás dele numa conchinha, o abraçando.

— Queria poder ter viajado com você, Johann.

— Puxa, eu também! Assim a gente ia dormir juntos.

— Ia ser bom.

— Aliás, eu poderia ficar.

— Não dá, eu tenho que voltar pra casa hoje ainda.

— Por que não diz que vai dormir na casa do Leopold?

Ele dá uma leve risada.

— Johann, meus pais não podem nem sonhar que eu estou aqui! Eles simplesmente têm asco do Leopold, homofobia pura.

— Nossa.

Faço carinho no rosto do Friedrich.

— Pelo menos nós podemos ter um encontro. Eu quero te levar pra sair.

Ele demora um pouco pra responder.

— Claro.

— Você merece algo carinhoso, Friedrich.

— Assim eu me sinto especial.

— Eu também.

Ele fica de frente pra mim.

— Vai ser bom quando estivermos em Berlim. — o mesmo diz.

Assinto sorrindo, fazendo um cafuné nele.

— Vamos poder dormir juntos sempre que quisermos. — Friedrich continua, com um olhar longe e esperançoso.

— Sempre. Estou feliz por estarmos fazendo planos.

— Eu também gosto. Johann, eu quero ser todinho seu.

GUNTER

Estou numa ligação com o Bruno.

— Ei, Gunter, quer sair comigo? Pra um encontro.

Sorrio largamente.

— Um encontro, é?

— Com tudo que você tem direito. Inclusive uma noite na minha casa.

Ai, meu Deus!

— Ah, eu quero! Que dia?

— Amanhã, terça.

— Então tá marcado.

— Eu te pego na sua casa.

— Agora, repete o que você falou antes? — digo com uma voz pidona.

— Sobre... estar com saudades de você?

— Isso!

— Tem certeza que não me acha um bobo? Quer dizer, a gente conversou por mensagem a semana toda.

— Não, eu não acho.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora