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ELKE

Dias mais tarde eu estou andando pela rua pra encontrar o Franz, hoje que nós vamos sair pra dançar. Estou vestindo uma camisa de botão creme, um lenço de pescoço amarelo e uma bermuda branca bonita com um par de sandálias marrons. Ah, e dois botões da minha camisa estão abertos.

Encontro o Franz na esquina.

— Ah, oi!

— Huh! — fico embasbacado com o look dele. — Você tá perfeito!

Ele sorri.

Franz está usando uma camisa social branca com gravata, uma jaqueta de couro aberta por cima, uma linda bermuda preta e um par de sapatos de couro de cadarço.

— Obrigado. Você também está lindo.

Damos um selinho.

— Quer comprar uma bebida no mercado, um spritz talvez? — pergunto. — Assim não temos que pagar drinques caros na balada.

— Claro.

Damos as mãos e sorrimos um pro outro, continuando a andar.

— Balada... Vai ser tão bom dançar com você de novo! — o Franz diz animado.

— Igual aquela beach party que a gente foi na Croácia. Roubamos tantos olhares...

— Foi uma delícia.

Não demora muito e nós já estamos no metrô bebendo de nossas latinhas.

— Quê? — o Franz ri ao ver que eu estou o encarando intensamente.

— Eu não consigo superar o quanto você tá bonito nessa roupa, amor. E essas pernas de fora, hein? Gostei muito, de verdade.

Ganho um beijo na bochecha.

— E eu achei o seu lenço muito estiloso.

Descemos em nossa estação e andamos até a balada, não demora muito pra gente entrar.

— Vem. — Franz sorri pra mim e me puxa pela mão.

Começa a tocar Espresso da Sabrina Carpenter.

— A dancinha do Tik Tok? — pergunto.

— Isso!

Dançamos o primeiro refrão na versão mais famosa do Tik Tok, vendo que todos estavam fazendo o mesmo.

— Ó, a gente já chegou se divertindo. — sorrio largamente.

— Bom é assim.

Continuamos dançando.

"And I got this one boy and he won't stop calling." O Franz canta e passa as mãos no meu peito. "When they act this way, I know I got 'em."

Sorrio convencido ao que ele fica de costas pra mim e agarra meus braços, mexendo os quadris junto comigo, então o refrão vem de novo e a gente dança do mesmo jeito de antes.

— Ai, que delícia isso. — digo. — Olha, você pode me usar de café pra não dormir sempre que quiser.

— Tô contando com isso, você pode apostar.



Saímos da balada como dois bobalhões animados.

— Amor, foi tão bom! — o Franz diz.

— Muito!

— Elke?

— Sim.

— Quero falar com você sobre algo sério.

— Tá bom.

— Eu quero ficar junto com você. Meu interesse em você só faz aumentar, e acho que não deveríamos desperdiçar isso.

Abro um enorme sorriso.

— Eu concordo totalmente. Meu interesse em você é imenso.

— Então você aceita tentar ser o meu namorado?

— Com certeza! Nada fez tanto sentido antes, nada.

Faço carinho no rosto do Franz, dando uma coçadinha em sua barba e o fazendo fechar os olhos em aprovação.

— Eu sinto como se eu tivesse encontrado o que eu procurava inconscientemente. Não te digo que eu era triste, mas agora tudo se encaixou. — digo.

— É isso aí, tudo se encaixou.

Franz me abraça pelo pescoço e a gente se beija, de forma calma, lenta e apaixonada.

— Eu tô feliz. — ele diz.

— Eu também.

Puxo a gravata dele.

— Na próxima vez eu vou te foder, hein.

— Estou doido pra isso.

Nos abraçamos de lado e andamos até a estação de metrô, e já dentro do vagão o Franz deita a cabeça no meu ombro.

— Amor. — ele chama.

— Oi, amor.

— Você vai morar onde em Berlim?

— Eu e os meninos vamos dividir um apê.

— Oh, legal!

— Aí você poderá ir pra lá sempre que tiver fome de mim.

— Toda hora?

Rimos.

— Que seja, então. Não posso reclamar disso, nem quero.

Logo estamos em nosso bairro e é hora de nos separarmos.

— Tchau, amor. — dou um selinho no Franz.

— Tchauzinho, amor.

Ando até a minha casa e entro sorrindo como um bobo apaixonado, com muito gosto.

— Eu tenho um namorado. — falo só pra mim e dou uma risadinha.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora