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ELKE

Estamos comendo num café perto de casa.

— O que você vai cursar, Elke? — Franz pergunta.

— Relações internacionais.

— Ooh, soa chique.

Rio.

— Você acha?

— Mm-hm. — ele assente lambendo o bigode de leite que se forma acima de sua boca.

— E você, Franz?

— Bom, eu vou estudar biomedicina. Quero trabalhar num laboratório.

— Usando um jaleco...

Ele ri baixo.

— Logicamente.

— Gosto da ideia, até consigo te imaginar todo imponente num jaleco.

Franz abre um largo sorriso.

— Vai ser ótimo vestir um.

Ficamos em silêncio por um tempo.

— Eu--

Começamos a falar juntos, interrompendo um ao outro, então rimos.

— Pode falar. — eu digo.

— Tá. Eu gostei muito do que aconteceu ontem à noite.

— Eu também.

— Elke, eu quero muito te conhecer melhor, será que a gente pode sair juntos?

— Num encontro?

— Acertou, bebê.

Ruborizo e dou um sorriso acanhado.

— É só marcar. Estarei lá, seja lá onde for. — digo olhando nos olhos dele.

Indo pra casa, ligo pros meninos.

— Oi! — Gunter diz.

— Olá. — Johann boceja.

— Então, ontem a gente falou sobre eu investir no lance com o Franz. Eu nem precisei me esforçar.

— Ah, é? — Gunter parece intrigado.

— Como assim, Elke?

— Eu encontrei ele durante minha corrida, aí a gente conversou, nós tomamos café juntos...

— Ooh! — meus dois amigos se animam.

— Pessoal, ele me chamou pra sair. Eu aceitei o convite, claro. Ai, eu adoro o jeito decidido dele.

— Você já tá de quatro. — Johann diz sugestivo.

— Bom, quem sabe eu não fique literalmente?

— O QUÊ? — Gunter grita. — Você ficaria de passivo?

— A ideia não me assusta, sabia?

— Eu posso te dar todas as dicas sobre chuca.

— É, eu posso precisar.

— Gunter, você vai acabar transformando ele numa vagabunda. — Johann implica num tom divertido.

— E por que não? Ele pode fazer muito troca troca e cavalgar bastante!

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora