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GUNTER

Termino meu banho e saio do banheiro, encontrando o Bruno sentado na beirada da cama. Começo a me vestir com a roupa de antes, sem deixar de notar chupões no meu pescoço e mamilos.

— Eu nunca perguntei a sua idade. — digo.

Ele dá uma risada nasalada.

— Eu também não. Tenho 24, e você, Gunter?

— 19.

— Você é bem novinho.

— Você é de Munique mesmo? — eu pergunto.

— Não, eu sou de Berlim.

Uh, interessante...

— Você vai começar a faculdade agora, estou certo?

— Sim, e por acaso eu vou estudar em Berlim. Quero ser detetive de polícia.

Posso ver algo no olhar dele, será esperança?

— Ah, é? Detetive? Me pegou desprevenido agora, mas não de forma ruim.

— Eu tenho muito interesse por essas coisas.

— Posso ver que você está animado com a ideia. Muito legal, de verdade.

— Você é formado em que, Bruno?

— Educação física.

— Isso explica muita coisa. — digo dando um soquinho no tanquinho dele.

— Esse é meio que o meu refúgio, sabe? Eu sofri muito bullying por causa do vitiligo, aí comecei a malhar e ninguém mais me enfrentou.

Sorrio largamente.

— Colocaram rapidinho o rabo entre as pernas. Adoro.

— Gostei de ter te reencontrado, Gunter. Não esqueci você nem por um segundo desde a nossa primeira vez. — o Bruno agarra minha cintura.

— Eu também, Bruno.

— O seu corpo por cima do meu, é viciante... Você é uma graça e cabe todinho nos meus braços.

Fico vermelho, colocando a cabeça no pescoço dele.

— Quando você me apertou de ladinho naquele dia, eu adorei. — digo. — E é de se admirar todo o espaço que você ocupa numa cama.

A gente se beija com vontade e de forma bem molhada, mas acariciamos um ao outro também.

— Eu quero você, Bruno.

— Eu também. Como nunca quis outra pessoa antes.

— Então vamos começar trocando telefones, pra não ter que ficarmos só na memória um do outro.

— Com certeza. Eu não vou te deixar escapar.

— Eu muito menos.

Trocamos números.

— Só que na semana que vem nós não poderemos nos encontrar, eu vou viajar de férias. — concluo. — Mas a gente conversa bastante por mensagem.

— Eu faço questão.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora