GUNTER
Terminei de me arrumar agora, e está quase na hora do Bruno passar pra me buscar.
Vesti uma bandana verde, uma regata branca, uma calça jeans com um cinto pra complementar, e pra calçar eu escolhi um par de All Star verde.
Ouço uma buzina, então pego minha mochila e desço.
— Tenha uma boa noite. — meu pai diz.
— Mas é claro que vai ser boa, olha o bonitão que tá esperando ele lá fora. — minha mãe diz espiando pela janela.
— É, vai mesmo. Acredito que estarei de volta pela hora do almoço amanhã.
— Tudo bem. Tchau, filho.
— Tchau, galã.
Rio.
— Tchauzinho.
Saio da casa e vejo o Bruno encostado no carro dele, lindo e charmoso.
— Oi. — ele sorri.
Bruno está vestindo uma camisa de linho azul bem escura com dois botões abertos, dando uma pequena visão de seu peitoral, uma calça creme e um par de tênis brancos com detalhes em cinza.
— Olá. — sorrio docemente.
— Você tá lindo.
— Você também.
Nos aproximamos mais, daí o Bruno beija minha bochecha.
— Esse perfume é diferente. — digo sentindo o cheiro inebriante que exala do pescoço dele. — Delicioso.
— Passei o melhor só pra você. E você tá cheiroso também.
Mordo o lábio.
— Vamos?
— Vamos.
Ele abre a porta do carro pra mim, aí eu entro e coloco minha mochila no banco de trás, vendo uma cesta ali.
Um piquenique?
Bruno entra no carro logo depois.
— O seu perfume tá cheirando o carro, muito bom. — digo e ganho um sorriso.
Ele começa a dirigir, me olhando vez ou outra como se eu fosse quebrar se olhasse demais. Enfim, não demora muito e nós chegamos num parque bonito.
— Pronto pro nosso date, Gunter?
— Com certeza.
Saímos do carro e andamos até um jardim, o Bruno está carregando a cesta. A noite está no início, mas o Sol não irá se pôr agora.
O lindo homem ao meu lado coloca uma toalha no chão e me chama pra sentar.
— Gostei da sua ideia. — digo sorrindo.
— Eu só juntei a sua companhia com essa linda tarde de verão.
Ele tira umas coisas da cesta.
— Quer um sanduíche?
— Eita, que sanduíche caprichado, Bruno!
— Bom, eu sou meio que um mestre em fazê-los. Há tantos no mundo fitness que você nem imagina. E eu fiz tudo com muito carinho.
— Dá pra ver. Obrigado. — dou um selinho nele.
Pego um sanduíche e começo a comer.
— Hum, bom...
Ele coloca suco num copo pra mim e começa a comer também.
— Então, Gunter, como planeja passar o resto do verão?
— Bom, saindo com os meninos ou com você, pra um parque, ou algum desses festivais de verão. Ah, e a gente quer ir acampar de novo antes de termos que ir pra Berlim.
— Você acampa?!
Dou um gole no suco antes de responder.
— Fiz pela primeira vez esse ano.
Os olhos do Bruno brilham.
— Puxa, eu curto muito acampar.
— Jura?
— Claro! Crescendo, eu não queria sair por causa do bullying, aí meu pai começou a me levar pra acampar e eu me apaixonei pela coisa.
— Que legal. Na próxima vez, vem com a gente.
— E ficar do seu lado? Acho que posso me acostumar com isso. — ele pega na minha mão e faz carinho.
Trago a mão dele pro meu rosto e fecho os olhos ao que o mesmo acaricia a região.
— Eu também, sabe. Ei, me conta, como você calou a boca dos seus bullies? Adoro histórias de gays botando banca.
Bruno ri.
— Quer mesmo saber?
— Claro, quero deixar de sentir raiva deles e só sentir pena.
— Bem, um belo dia eu cheguei na escola e o pior de todos estava lá. Sorri debochado pra ele, aí o idiota começou, eu retruquei e ele tentou me bater.
— Aham.
— Mais que depressa eu chutei o estômago dele, daí o dito cujo caiu de joelhos todo ofegante.
Gargalho.
— É isso aí, viado!
— O grupinho ficou em silêncio, e os outros alunos riram. Eu me abaixei e o puxei pela gola, falei que se continuasse ia ser pior, então apenas saí andando.
— Ai, que calor. — me abano. — Esse povo só aprende na marra.
— É mesmo. — ele me olha com um sorriso de canto.
Olhando agora, a ideia do piquenique me agradou demais, pois podemos conversar de forma mais íntima. Num restaurante seria bom também, mas eu não poderia rir com vontade e me expressar com tanta energia.
— Quer uva? — o Bruno pergunta.
— Quero, claro.
— Então deita pra eu te dar na boca, quero que você seja meu muso.
— Você estará se metendo em furada se me deixar mal acostumado.
— Confia no pai aqui.
Continua...
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Jovenzinhos (Gay)
RomancePARTE 1 - COMPLETA Rapazes e sexo com outros rapazes antes da faculdade. _____//_____ PARTE 2 - EM BREVE (será postada nesta mesma história).