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JOHANN

Estou tomando café da manhã com meus pais.

— Aqui, meu amor, come esse pãozinho. — minha mãe me entrega um pão.

Sorrio.

— Obrigado, gatona.

Como eu já disse, eu sou filhinho da mamãe, e por ser delicado, todos pensam que eu sou passivo. Eu sei que não passa de estereótipo, mas eu estou fora do padrão, e de um jeito interessante.

Enquanto como, recebo uma mensagem, então ligo meu celular e vejo que é do Instagram, e do meu maior crush da escola. O nome dele é Friedrich, ele é lindo e um puta de um gostosão, jogador de futebol ainda.

Friedrich: Você tá lindo nessa última foto

Levanto a sobrancelha em confusão, achando muito estranha essa repentina mudança de atitude. É, mudança, porque esse marrento sempre implicou comigo. E é exatamente por causa desse jeito marrento que eu gosto dele.

Esses marrentos são um tipo bem safado de passivo, que gostam de dar sem parar feito coelhos. Não sei ele, né...

Enfim, continuo comendo sem nem abrir a mensagem, mas bem intrigado. Depois do café, eu subo pro meu quarto e deito, então recebo outra mensagem do Friedrich.

Friedrich: Estranho eu vir aqui do nada, eu sei
Friedrich: Mas eu quero me desculpar, e dizer que eu te acho um gatinho
Johann: Ah, é mesmo?
Friedrich: Johann, me desculpa. Perdão por implicar tanto com você, sei que não foi fácil conviver comigo
Johann: Eu também não deixava barato
Friedrich: Gosto de você por isso
Johann: Friedrich, qual é a sua verdade?
Friedrich: Minha verdade é que eu sou gay, que eu tenho medo e que eu implicava com você só pra poder falar contigo

Começo a digitar outra mensagem, mas ele pergunta se pode me ligar, então eu aceito.

— Oi. — digo.

— Oi.

Friedrich tem uma voz gostosa, é baixa, levemente rouca, e se falar as coisas certas, dá até um tesão.

— Desculpa mais uma vez, Johann.

— Tá tudo bem.

— Eu quero te ver.

— Isso não é uma emboscada, é?

Ele dá uma leve risada.

— Se fosse eu não ia te dizer, ia?

— Não...

— Qual é, Johann, eu tô sendo sincero. Eu gosto de você, adoro que você usa delineador, isso diz o quanto você tem orgulho de si mesmo.

— Ah, legal você dizer isso, Friedrich. Eu...

— O quê?

— Nada.

— Eu quero me encontrar com você, se der, hoje ainda. Você estaria disposto a me dar uma chance?

— Pode-se dizer que sim.

Continua...

Jovenzinhos (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora