Um novo contrato

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Bom dia só pra quem foi notada pelo malagueta

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Bom dia só pra quem foi notada pelo malagueta.
O amor não é um produto, mas o coração fabrica.
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Pov: Sn

Fui almoçar com Zuluzao no shopping e isso trouxe uma nostalgia inesperada. Enquanto ele falava animadamente, tive um déjà vu de quando estive aqui com Bob, aquele dia em que o início do meu sonho parecia finalmente estar acontecendo. Agora, as coisas eram diferentes, mas o sentimento de incerteza era o mesmo.

“Sn, eu adorei a cobertura que você fez do inter estadual. Sério, você tem talento! Por isso, queria te contratar oficialmente para a FMS,” Zuluzao disse, seu tom de voz cheio de entusiasmo.

A proposta me pegou de surpresa. A FMS? Viajar mais ainda do que já viajava com a Aldeia? Meu coração deu uma reviravolta. Eu sabia que seria uma oportunidade incrível, mas... minha família. O afastamento já era grande. Será que valia a pena aumentar essa distância? Mas, por outro lado, eu poderia finalmente ajudar meu irmão com o aluguel, aliviando um pouco a pressão que ele carregava. Não precisar ver ele se desgastando, fazendo música atrás de música como se estivesse em uma corrida sem fim... Isso me fazia considerar a proposta.

Depois do almoço, ainda confusa, fui à casa do Lino. Levei um bolo no pote para a mãe dele, uma forma de agradecer a hospitalidade e talvez, também, buscar um pouco de conforto.

A mãe do Lino me recebeu com aquele sorriso caloroso que eu já estava começando a conhecer bem. “Sn! Que bom te ver. Como você tá, menina?”

“Oi, tia! Tô bem, na medida do possível, né? Trouxe um bolo pra senhora. Fiz ontem à noite, espero que goste,” respondi, estendendo o pote.

“Ah, menina, você é um amor! Vou guardar esse bolo aqui pra comer mais tarde com um cafezinho. E você, como tá a vida? Muito trabalho?”

“Tá sim, viu? Parece que quanto mais a gente corre, mais coisa aparece. Mas faz parte, né?” Respondi, tentando manter o tom leve, mas sem esconder totalmente a confusão que ainda rondava minha mente.

Ela me olhou de forma compreensiva, como se pudesse ler o que eu não estava dizendo. “Essas coisas da vida, às vezes, nos deixam assim mesmo. Mas é bom ter gente ao nosso redor pra dar suporte.”

Eu sorri, grata pelo carinho. “E eu agradeço demais por ter vocês por perto.”

Nesse momento, Lino apareceu na sala, nos interrompendo. “Mãe, posso levar a Sn lá pro quarto pra gente trocar uma ideia?”

A mãe dele deu um sorriso de canto. “Claro, só não vão fazer bagunça, hein?”

Rindo, Lino fez um gesto exagerado de juramento. “Prometo que não!”

Quando chegamos ao quarto dele, me joguei na cama, soltando um suspiro pesado. Lino se sentou na cadeira de rodinhas ao lado, me observando com atenção. “Tá pegando pra você, né?”

Lino X You: Câmera e microfone Onde histórias criam vida. Descubra agora