Chorando de novo...

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Pov: Sandro

Quinta 10:34

Eu tinha acabado de acordar, olhei em volta e vi Sn babando e dormindo. Era estranho acordar naquela sala de novo. Dei um beijo na testa dela, peguei meu celular e desci pra ir embora de fininho. Quando estava na porta Joana me parou e me deu um abraço.

Joana: você cresceu em, que milagre é esse você aqui em casa?
Sandro: a Sn tava meio mau e não quis deixar ela sozinha. Como tão as coisas aqui?
Joana: marta mau humorada como sempre, mas seu pai tem sido mais doce digamos assim com sua irmã. Eu e sua irmã sentimos muito sua falta.
Sandro: a vozinha tá na cidade, e eu tô procurando um apartamento. Quando eu achar você pode ir lá sempre que quiser tá
Joana: some não meu amor. Fiquei tão preocupada com você.
Sandro: você sabe que é importante pra mim né, por favor não deixa de cuidar da minha irmã.
Joana: jamais
Sandro: quando eu tava longe o que me tranquilizava era saber que ela tinha você
Joana: você sabe que também pode contar comigo se precisar.

Nós ouvimos a porta abrindo e era marta que ao me ver ficou totalmente estérica.

Marta: o que você tá fazendo aqui? Você escolheu a rua e seu lugar é lá. Sai daqui agora
Joana: olha como você fala, a casa também é do PAI dele.
Marta: cala a boca Joana não se meta em coisas que não são da sua alçada.
Sandro: eu já tô de saída.

Estava saindo até ver Sn descer as escadas...

Sn: gente o que tá acontecendo?
Sandro: nada, eu tô indo não se preocupa tá
Marta: vai pra não voltar mais, você escolheu isso aquele dia. Agora aceite as consequências da sua escolha.
Sn: olha como você fala mãe. A casa é dele também
Marta: em quanto você não pagar nada você não opina. Você e ele são dois pesos, de um eu já me livrei só não me livro de você também porque é minha filha.
Sandro: peso é você, tá sempre mau humorada e amargurada com alguma coisa. Você não sabe a paz que é não ter que olhar pra sua cara.
Marta: o que você tá fazendo aqui ainda?
Sn: EU JA DISSE QUE A CASA É DELE TAMBÉM! -grito
Sn: se ele não é bem vindo aqui, aqui não é lugar pra mim também.
Marta: se quer ir embora vai, mas quando ver que o violão mau sustenta ele quem dirá vcs dois. Não venha voltar
Sn: EU VOU EMBORA MESMO
Vauter: quem tá indo embora? -meu pai surge
Sn: eu vou aonde meu irmão ir. Minha mãe tá expulsando ele e dizendo que ele não é bem vindo aqui.
Vauter: você não vai pra lugar nem um, você tem dezessete anos é minha filha e eu decido.
Sandro: não se preocupa, uma hora você completa a idade.
Marta: E você tá fazendo o que ainda?
Vauter: NA MINHA CASA QUEM MANDA SOU EU!

ele me mandou embora e eu saí, fiquei no quintal esperando Sn entrar pro quarto pra conversar com ela pela janela.

Pov: Sn

Sn: eu não acredito que você vai deixar ela oprimir meu irmão. Ele é seu filho
Vauter: ele escolheu a rua, e você não vai escolher a rua também
Sn: é culpa sua. Você não dava paz em quanto ele ficava aqui. Por isso que ele prefiria sumir
Marta: respeita seu pai menina.
Sn: Respeito? Eu nunca falo nada, mas eu cansei. Cansei de aceitar tudo calada. Você tentou destruir nossos sonhos por medo do seu próprio passado mas você nunca vai conseguir porque nós não somos você. Eu até tentei acreditar que você podia mudar. Eu me forcei a acreditar que você tava diferente porque eu queria ter um bom pai. Mas agora eu vejo que você é terrível nisso. Deixou ela gritar com seu filho e expulsar ele de uma casa que ja foi dele. Eu juro por tudo que na primeira oportunidade de ir embora daqui eu vou.
Vauter: você não tem que falar nada. Tudo de vocês é sonho sonho. Adolescentes imprudentes que não ligam pra nada. Vocês dois tentam o tempo todo me colocar como o pior pai do mundo mas nunca se esforçaram pra me entender também.
Sn: entender o que? Você é um covarde!

Falo isso e sinto um tapa na minha cara. Eu olhei pra minha mãe que me olhava com desgosto olhei pro meu pai que me olhava com tristeza. Eu corri e entrei pro meu quarto. Eu olhei pra janela e meu irmão ainda estava lá, fiz sinal pra ele sair e sentei no chão e chorei. Era de manhã ainda e meu dia já havia começado do pior jeito possível. Eu abri a gaveta do meu quarto que sempre ficava trancada peguei uma cartela de remédio pra dormir que me proporcionaria 6 horas de sono e tomei. Não demorou muito e eu já tava adormecida. Quando acho que meu pai está mudando eu veio que não. Eu sempre acabo chorando pelos mesmos motivos. E agora me encontro aqui, chorando de novo. Eu adormeci parecia um anjo triste dormindo.

Pov: Sandro

Péssima manhã, manhã que destruiu minha cabeça, mas eu não ia perder meu dia por uma manhã mau aproveitada. Eu precisava tomar as redias da minha vida. Já deu de ficar em hotel. Eu fui andar atrás de apartamento, e se tinha alguém que podia me ajudar era o Lucas e o Gabriel, meus velhos amigos do sete minutoz. Eles me levaram ao condominio que eles moram. Era tudo lindo. Ao chegar lá já me senti em casa. Conseguia imaginar todos os cantos da forma que eu queria. Eles me passaram o contato do dono e entrei em contato imediatamente. Algumas coisas precisavam ainda ser acertadas com o dono pra mim morar lá, coisas como o dinheiro. Teria que me esforçar o dobro pra conseguir pagar. Pra não perder meu dia fui pro hotel e comecei a trabalhar em algumas músicas. Com um violão e um caderno o resultado foi mais ou menos esse.


Pov: Vauter

Eu e marta estávamos no meu escritório finalmente conversando sobre a situação de hoje e sobre outras coisas

Marta: eu me exaltei, independente de tudo ele é seu filho. Desculpa.
Vauter: eu mandei ele ir embora pra não tirar sua autoridade perto da Sn. Eu sei que é difícil pra você olhar pra ele e ver a Paloma, e isso acontece comigo também. Mas vai ficar tudo bem.
Marta: tem muita coisa na minha cabeça. Eles são vocês do passado. A Sn é igual você e ele igual ela. Eu não aguento mais isso. Eu não aguento mais pensar em você como policial. Pensar em tudo.
Vauter: me desculpa pela minha ausência. Mas eu também não fui legal com a Sn. Eu fui horrível sendo bem sincero. E já te falei que não quero ser assim mais.
Marta: a Sn eu conheço, tem que ter pulso. Se der asas de mais ela passa por cima da gente esse é o problema
Vauter: eu só não quero ser o pior dos pais. Mas isso não é só com ela, com ele também.
Marta: vou me controlar mais.
Vauter: por favor, e onde você tava que sumiu?
Marta: eu fui resolver algumas coisas nada demais
Vauter: coisas tipo?
Marta: coisas da loja... 

Pov: Sn

6 horas de sono depois...

Eu acordei com muita fome. Ainda triste, mas faminta. Eu fui até a cozinha, Joana estava preparando um lanche.

Joana: Sn, era pra você mesmo que estava preparando isso. Pra ver se melhorava um pouco as coisas depois do escândalo da sua mãe.
Sn: não melhora muito, mas melhora.
Joana: Sn, chegou umas cartas esses dias, e tinha uma com seu nome. Mas como você não para em casa, nem lembrei de te entregar.
Sn: carta? Uai... 

Ela me entregou uma carta que quando abri me surpreendi era uma carta do Lino. Ele perguntava na carta sobre me esquecer ou esperar... Não responder era responder pra ele me esquecer. Definitivamente não era o que eu queria. Eu precisava tomar uma atitude.

Lino X You: Câmera e microfone Onde histórias criam vida. Descubra agora