Capítulo 20

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Devo lembra-los de que os alertas são importantes e não devem ser pulados, então espero que tenham realmente lido.

• Votem e comentem que está sendo cada vez mais difícil escrever.

"Uma mulher nunca está segura já que homens só respeitam homens, e eu não passo de um brinquedo!"

Desacelero o carro quando o sinal fica vermelho, luto comigo mesma para deixar meus devaneios de lado e prestar atenção para onde estou indo mas é difícil

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Desacelero o carro quando o sinal fica vermelho, luto comigo mesma para deixar meus devaneios de lado e prestar atenção para onde estou indo mas é difícil. Aparentemente enquanto os dois estiverem em minha vida ao mesmo tempo não terei paz e isso está me enlouquecendo, o que aconteceu hoje é apenas uma fração do que está por vir, um presságio do quão caótico meus dias serão.

Me encosto completamente no banco respirando fundo, esses últimos dias eu tenho lidado bem com a falta de drogas, estou conseguindo lidar com a abstinência que não está tão forte quanto o de costume. Mas, agora, sinto uma necessidade enorme de me entorpecer. Mas eu não posso. Eu prometi. Eu preciso parar. Eu quero parar.

Abro o porta-luvas e retiro um maço de cigarro de dentro. Sei que não é forte o suficiente para me saciar mas é melhor que nada.

Abro um pouco a janela e o acendo dando uma longa tragada e prendendo a fumaça nos pulmões por um longo tempo antes de soprar. Isso é uma merda, me sinto impotente, nada do que faço da certo, tudo o que acontece são desastres.

Apoio minha cabeça contra a janela sentindo o vento frio contra meu rosto. Eu gosto do inverno, é minha estação favorita.

Um som de motor me faz ergue a cabeça e olhar pelo retrovisor. Não é apenas um, mas dois carros. Eles estão correndo mas freiam de uma vez cada um de um lado.

A Ferrari verde neon para a minha esquerda enquanto o Cadillac ao meu lado direito. Eu suspiro jogando o cigarro pela janela e a fechando. Eles ficam pisando no motor, acelerando, provocando um ao outro.

Eu apenas observo antes de pisar no acelerador. Não sou especialista no volante mas não vou fugir disso, não aceito ser desafiada e fugir. Faço o motor novinho roncar alto avisando que aceito.

Meus olhos se atentam ao sinal ao mesmo tempo em que me atento a minha visão periférica, e, assim que a cor verde clareia meus olhos eu piso fundo no acelerador e saindo em disparada deixando uma fumaça esbranquiçada para trás.

A avenida de três faixas não está lotada o que é muito convidativo para um racha. Como eu disse a casa não é longe do centro mas deve se pegar várias ruas inclusive a avenida que passa por uma ponte.

Desvio com facilidade dos veículos mas com um pouco de receio já que prefiro correr sobre duas rodas e não quatro, é muito mais fácil desviar e manobrar uma moto do que um carro e isso faz com que eu comece a ficar para trás. Isso me incomoda um pouco? Sim, mas não muito pois o meu objetivo não é ganhar e sim não ser uma covarde.

Cruel +18Onde histórias criam vida. Descubra agora