Capítulo 33

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"Se arrependimento matasse, bom, você já sabe como eu estaria."

Se colocassem um termômetro em mim agora ele explodiria como em um desenho animado, por que ela tem que ser tão teimosa?

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Se colocassem um termômetro em mim agora ele explodiria como em um desenho animado, por que ela tem que ser tão teimosa?

Os corredores do hospital estão bem mais frios que o normal mas estou com tanto ódio que meu corpo pega fogo. Acho que já passou da hora de abrir a temporada de caça as bruxas.

Eu não devia tê-la deixado sozinha em um momento tão delicado ou ter confiado que ela não conseguiria fugir, ela sempre consegue qualquer coisa quando está determinada a fazer, e sua determinação sempre causa consequências desastrosas.

Eu errei em ter deixado apenas dois homens vigiando a casa dela ao invés de tê-la obrigado a ir conosco ou ter colocado pelo menos uma dúzia, os dois foram mortos e pela forma que encontraram os corpos quem os matou já sabia que estavam lá o que me faz questionar, por que não deram o mesmo fim a Wendy?

É fácil saber em qual quarto ela está sem precisar pedir informações, basta achar o corredor com vários policiais, um rapaz parcialmente emo, uma morena grávida que chora sem parar e um careca alemão.

- Você não pode passar - um dos policiais fala colocando a mão contra meu peito, meu punho se fecha pronto para amassar seu crânio.

- Deixa ele- Otávio manda e eu passo indo direto até a porta sem encara-los, mas antes que a abra uma enfermeira sai de lá com uma bandeja cheia de curativos sujos de sangue. Eu estava em uma cidade distante e só cheguei agora a noite, quase oito horas de carro. Recebi a notícia da morte de sua irmã e sua mutilação no meio do caminho e quase bati a merda do carro. Elas não mereciam isso.

- Ela ainda está meio sedada por causa dos remédios mas está acordada, ela vai ficar bem.

- E quanto ao olho dela?- Konrad pergunta escorado na parede de frente para nós.

- Bom... o doutor disse que ela perdeu completamente a visão dele, mas não há necessidade de remove-lo- eu passo por ela entrando no quarto desacelerando os passos quando a vejo.

Ela está sentada no chão aos pés da cama, sua testa está apoiada contra o vidro da janela enquanto olha para fora.

- Ela se recusa a ficar na cama, e parece também não querer olhar para dentro do quarto, está assim desde que acordou - a enfermeira explica.

Eu me aproximo pegando o cobertor da cama e a enrolando nele enquanto me sento no chão ao seu lado.

- Por que está tão frio?

- Tivemos problemas com o aquecedor mas já estão dando um jeito- eu concordo antes que ela se retire.

Evito ao máximo não tocar em seu rosto pois ele está todo inchado cheio de hematomas e cortes que provavelmente ainda dói. Um curativo enorme cobre a metade esquerda dele.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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