𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝗍𝖾𝗇

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lily's point of view

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lily's point of view

EU NÃO FAZIA IDEIA DO QUE FAZER. Não tive coragem de recusar, nem de dizer que estava sobrecarregada com o trabalho na Hybe e na cafeteria. Afinal, foi ele quem me deu essa ótima oportunidade, então eu apenas aceitei. Era bom para mim e também uma boa forma de agradecê-lo, ou pelo menos eu acho.

Pensei, então, em algo que me desse mais tempo e, com toda a cara de pau, fui falar com a Haewon. Hae é a dona da cafeteria e também a pessoa que me deu as melhores oportunidades até agora, sempre me ajudando quando preciso. Ela não é apenas uma chefe; é uma mulher maravilhosa.

— Hae, eu... — Entrei na cozinha e tentei não parecer falsa. — Preciso de uma folga amanhã. — A mulher se virou em minha direção.

Tenho certeza que seu suspiro poderia ser ouvido a quilômetros de distância.

— De novo, Ly? — Sua frustração era notável e me senti mal por isso. — Você pediu mais folgas em uma semana do que o Min-gu e Nay pedem em um mês. 

Nayara é outra funcionária. Uma brasileira gentil que trabalha conosco, seus cachos volumosos e seu lindo sorriso chamam atenção por onde passa. Embora seja muito simpática, também é bastante reservada. Por isso, Min e eu não somos tão próximos dela.

— Eu sei, desculpa, mas é que eu vou fazer uma sessão super importante na empresa amanhã e...

— Eu sei que você não precisa desse trabalho, Lilian, mas eu preciso de você. — A frase cortou qualquer explicação que eu pudesse dar.

Droga.

Não queria decepcioná-la; ela já havia feito tanto por mim desde que cheguei à Coreia.

— Olha, eu venho amanhã e saio mais cedo, tudo bem? — Disse a morena que me olhou desconfiada.—  Ajudo eles o máximo que puder! — Prometo e ela finalmente concorda.

— Ok, mas sem desculpas. — Impõe a condição e eu confirmo.

— Obrigada, você é um anjo! — Exclamo e abraço a mulher que não perde tempo em corresponder.

— E você é puxa saco. — Diz me fazendo rir.

Ao passar pela porta do apartamento, vi uma bolinha de pelos correr em minha direção e pular no meu colo. Ter as pernas arranhadas por Nora já havia virado costume, e eu também não me importava mais com a quantidade absurda de pelos espalhados pela casa. Apesar da bagunça, a cadelinha era uma ótima companhia.

— Oi garota, você sentiu saudade? Sentiu foi? — Perguntei afinando minha voz e fazendo carinho na barriga do animal.

Era impossível resistir aos seus encantos e a vontade apertá-la.

— Vamos que hoje tenho muito trabalho. — Peguei-a no colo e ao passar pela cozinha vi minha amiga sentada no balcão. — E pelo visto não sou a única.

𝐅𝐎𝐓𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅, 𝗉𝖺𝗋𝗄 𝗃𝗂𝗆𝗂𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora