Secret - Rosattaz G!P

Romantic

— O que quis dizer com aquilo? — Rosamaria perguntou, a voz trêmula, os olhos buscando desesperadamente uma resposta no rosto de Caroline.

Caroline manteve a expressão fria, sem desviar o olhar. — Nada de mais, só vou fazer um quarto na minha casa pra minha filha, quando ela for pra lá. — Respondeu com firmeza, cruzando os braços como uma barreira.

Rosamaria sentiu um nó na garganta, sua expressão se fechando. — Entendi. — Murmurou, desviando o olhar para o chão, tentando esconder a dor que começava a se espalhar pelo peito.

— Vamos alinhar isso, acho que não é necessário justiça, podemos fazer um acordo. Um fim de semana comigo, outro com você, pensão e essas coisas. — Caroline continuou, a voz impassível, mas os olhos revelando uma mistura de raiva e desapontamento.

Rosamaria ergueu os olhos, tentando manter a calma. — Não precisa fazer isso, digo, em relação à pensão. — Falou baixo, quase implorando, enquanto suas mãos se fechavam em punhos ao lado do corpo.

Caroline soltou uma risada amarga, inclinando-se ligeiramente para frente. — Claro que preciso, ela é minha filha, é meu dever te ajudar com as despesas dela também, afinal, você não fez sozinha, né? — Alfinetou, os olhos brilhando com uma dor que ela se recusava a expressar de outra forma.

Rosamaria recuou um passo, como se tivesse levado um golpe. — Para de me tratar desse jeito. — Pediu, a voz quebrando, seus olhos implorando por um resquício da mulher que conhecia.

— Eu estou te tratando bem, em vista do que você merece. — Caroline respondeu, a expressão dura, mas a dor escondida nas entrelinhas de suas palavras.

Rosamaria mordeu o lábio, sentindo as lágrimas ameaçarem cair. — Tá certa. — Concordou, sua voz mal passando de um sussurro, derrotada.

— Quero que ela mude de escola também, acho que uma particular seria melhor. — Caroline continuou, ignorando a emoção no rosto de Rosamaria, seu tom frio e calculado.

— Não precisa disso. — Rosamaria contestou, seus olhos arregalados de surpresa e medo.

— Eu acho que precisa. — Caroline rebateu, os olhos fixos nos de Rosamaria, não deixando espaço para discussão.

Rosamaria finalmente explodiu, os olhos brilhando de raiva e frustração. — Caroline, você não vai chegar na vida da minha filha e mudar tudo de uma hora pra outra! — Sua voz ecoou pelo corredor, carregada de dor e desespero.

Caroline respirou fundo, tentando manter a calma. — Eu não estou mudando nada na vida da nossa filha, só quero que ela tenha um ensino melhor. Quero dar o melhor pra minha filha, não posso? — A voz dela estava firme, mas seus olhos revelavam a luta interna que estava travando.

Rosamaria fechou os olhos por um momento, tentando encontrar forças. — Pode. — Respondeu, resignada, as palavras saindo com dificuldade.

Caroline assentiu, decidida. — Ótimo, pelos meus conhecimentos na vara da família, ela tem que receber trinta por cento do meu salário, ou seja, todo dia dez vou depositar seiscentos mil pra ela na sua conta. — Declarou, a voz fria e prática, como se estivesse apenas lendo um contrato.

Rosamaria piscou, incrédula. — Seiscentos mil? Você tá louca? Uma criança não precisa de tudo isso por mês. Para de loucura. — Sua voz subiu, a indignação transparecendo em cada palavra.

Caroline olhou diretamente nos olhos de Rosamaria, desafiadora. — Se eu preciso de mais que isso, minha filha também vai precisar. Minha filha tem que ter o mesmo padrão de vida que o meu. — Argumentou, a voz gelada, mas seus olhos revelavam um desejo desesperado de garantir o melhor para Julia.