O som ritmado dos sapatos derby clássicos da Saint Laurent reverberava pelas paredes vazias, cada passo marcado pela precisão e elegância de alguém que conhece o poder que carrega. O terno Prada branco, impecavelmente alinhado ao corpo, destacava-se contra a penumbra do local, conferindo-lhe uma aura quase sobrenatural. Enquanto avançava em direção ao seu destino, o som de uma música clássica italiana escapava de seus lábios em um assobio suave, mas cheio de intenções, impregnando o ar com uma tensão palpável.
A melodia, ao mesmo tempo nostálgica e ameaçadora, parecia envolver o espaço, transformando o ambiente em um palco de mistério e perigo. O contraste entre a música calma e o propósito implacável por trás de cada passo tornava a atmosfera ainda mais carregada. Quem quer que estivesse no caminho, certamente sentiria a presença dela antes mesmo de vê-la, como se o próprio ar estivesse antecipando o inevitável.
Em sua cintura, a Glock dourada, um símbolo de poder e controle, reluzia sob a luz fraca, um lembrete silencioso de que esta mulher estava preparada para tudo. Cada detalhe, desde a precisão de seu traje até o cuidado com a arma, falava de uma pessoa que dominava cada aspecto de sua vida — e da morte. Ela não era apenas uma presença; era uma força. E à medida que se aproximava de seu destino, o clima no local se tornava cada vez mais denso, como se o mundo estivesse prendendo a respiração em antecipação ao que estava por vir.
— Por que está assobiando a música do Poderoso Chefão? — Macris questionou, surgindo das sombras, o tom seco e ligeiramente sarcástico.
— Ai que susto, Macris! — Caroline levou a mão ao peito, tentando disfarçar o sobressalto.
— Foi mal, não queria atrapalhar sua síndrome de mafiosa. — Macris respondeu com um meio sorriso, apontando para a porta.
— O que tem pra mim? — Caroline perguntou, endireitando-se, a seriedade voltando ao seu rosto.
— Eles já sabem que é a Natalia. — Macris informou sem rodeios, o tom sério.
— Inferno, não acredito nisso. Como, Macris? — Caroline bufou, a frustração evidente em sua voz.
— Eu também quero saber. Você sabe como meu trabalho é limpo, eu não deixei passar nada. — Macris insistiu, o desconforto claro em suas palavras.
— Alguma coisa você deixou, Macris. Não é possível, esse povo do FBI não é tão inteligente assim. — Caroline rebateu, começando a andar de um lado para o outro, a tensão crescente.
— E se eu voltar lá? À noite? — Macris sugeriu, já pensando em alternativas.
— Não, não faça isso, é muito arriscado. — Caroline cortou, sua voz firme.
— Certo, acho melhor a gente esperar o que vai acontecer e depois tomamos uma atitude dependendo do que for. — Macris concedeu, tentando manter a calma diante da situação, porém lhe dando um olhar que só ela entende.
— Eu não posso matar ela. Rosamaria não me perdoaria nunca. Tenho que só deixá-la afastada de mim e garantir que Rosamaria não fale nada. Ela viu o dinheiro da Natalia, e eu falei pra ela que fui buscar depois que deixei ela na loja perto daquela avenida. — Caroline desabafou, seus pensamentos correndo soltos.
— Não se preocupe com isso. Já apaguei todas as filmagens das câmeras locais. Seu carro ficou parado o tempo todo na loja; você entrou com Rosamaria e saiu com ela. — Macris assegurou, com a confiança de quem já pensou em tudo.
— Ai, Deus, me dá uma luz. — Caroline suspirou, sua mente lutando para encontrar uma saída.
— Não se desespere, eu te dou mais novidades. Por enquanto, treine sua nova advogada, pode ser que você precise. — Macris sugeriu, com a voz firme e quase impassível, mas havia uma sombra de preocupação em suas palavras.
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Secret - Rosattaz G!P
FanficRosamaria, uma jovem e ambiciosa estagiária de direito, vê sua carreira ganhar um impulso quando consegue um emprego no maior e mais prestigiado escritório de advocacia de Nova York. Cheia de expectativas e determinada a se destacar, ela mal pode ac...