Therapy

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Caroline estava ficando cada dia mais atormentada, sua mente parecia não lhe dar trégua, e o que antes era apenas uma leve inquietação, agora se transformava em paranoia. Ela sabia que precisava de ajuda, algo que havia evitado por muito tempo, mas agora era impossível ignorar. Terapia, finalmente, tornara-se uma necessidade inadiável.

Priscila já havia marcado inúmeras sessões para Caroline, mas ela sempre encontrava uma desculpa para adiar. No entanto, ao atingir seu limite, compreendeu que não poderia mais fugir. Agora, diante do inevitável, era hora de enfrentar seus demônios.

Estacionando sua Lamborghini na frente de um prédio imponente, Caroline desligou o motor e respirou fundo antes de sair do carro. O edifício, luxuoso e resplandecente, reluzia sob a fraca luz da tarde, seus detalhes refinados emanando uma elegância imponente. Cada superfície polida refletia a luz suave do sol, fazendo o prédio brilhar sob seu olhar atento.

Ela caminhou até a entrada, seus sapatos ecoando sobre o mármore liso enquanto atravessava o saguão espaçoso. Na recepção, foi cordialmente guiada a seguir até o décimo andar, onde a terapia a aguardava. O elevador, com suas portas metálicas que reluziam, abriu-se com um leve tilintar, revelando um ambiente ainda mais sofisticado do que o saguão.

Ao sair, Caroline se deparou com uma recepção minimalista, mas incrivelmente luxuosa. As paredes eram impecavelmente brancas, quase reluzentes, e exalavam uma calma clínica. Os detalhes dourados — provavelmente ouro de verdade — refletiam a luz de maneira sutil, mas eficaz, destacando a grandiosidade do lugar. O espaço emanava uma aura de perfeição e calma, quase como se ali dentro, as preocupações do mundo lá fora não pudessem entrar.

Caroline inspirou profundamente, seu peito apertando por um momento, como se antecipasse o peso daquilo que estava prestes a enfrentar. O ambiente ao seu redor parecia distante, quase intocável, até que uma voz suave a tirou de seus pensamentos.

— Olá. — disse uma mulher atrás dela.

Caroline se virou rapidamente, seus reflexos agudos entrando em ação, e viu uma ruiva de aparência impecável, vestida em trajes formais.

— Ai, porra, que susto! — Caroline exclamou, sua tensão momentaneamente se dissipando. — Olá.

A mulher sorriu de leve, com uma postura profissional.

— Perdão, me chamo Ivy. Você é a doutora Gattaz, certo? — A voz de Ivy era educada, mas direta.

Caroline ergueu uma sobrancelha, sentindo um leve desconforto ao ser reconhecida tão rapidamente. Seus instintos sempre em alerta.

— Sou eu. Como sabe quem sou? De onde me conhece? — A desconfiança natural de Caroline emergiu, seus olhos a avaliando com atenção.

Ivy rapidamente levantou as mãos em um gesto de paz, percebendo o desconforto da mulher à sua frente.

— Calma, sua irmã me avisou que você viria. Ela pediu à doutora para fechar a agenda só para você. — Ivy explicou com um sorriso conciliador.

Caroline relaxou um pouco, soltando um suspiro curto.

— Ah, entendi. — Ela murmurou, aceitando a explicação.

— Por favor, me acompanhe. A doutora já está esperando por você. — Ivy gesticulou, indicando o caminho com um leve movimento de mão.

Caroline assentiu, ajustando a postura enquanto seguia a mulher pelo corredor elegante e silencioso.

Caroline entrou na sala com passos calculados, enquanto a porta se fechava suavemente atrás de si. Seus olhos percorreram o ambiente sofisticado, parando por um momento na figura elegante sentada à sua frente. A mulher loira a observava em silêncio, com uma presença marcante. Seus cabelos estavam presos em um coque impecável, exceto por alguns fios soltos que emolduravam seu rosto fino. Ela usava um vestido elegante, discreto por baixo do jaleco branco, e suas pernas estavam cruzadas com postura impecável. Embora fosse bonita, Caroline não se sentiu impactada. Para ela, nenhuma mulher se comparava a Rosamaria.

Secret - Rosattaz G!POnde histórias criam vida. Descubra agora