Chloed - Rosas e Espadas

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Capítulo saindo do forno!
Comentem bastante, meus queridos!
Votem, por favor!

Boa leitura!

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Narrador

Naquela mesma madrugada, depois dos eventos que compartilhou ao lado de Red pela escola, Chloe estava dormindo profundamente quando o sonho familiar começou a se desdobrar novamente. Desta vez, não houve a sensação de surpresa ou confusão inicial. Ela se sentia estranhamente em paz, como se o jardim e o homem que habitava aquele espaço já fossem velhos conhecidos. Ao aparecer no jardim, ela notou que a familiaridade do ambiente a envolvia como um cobertor aconchegante. O céu estava tingido com os tons suaves de um crepúsculo eterno, e as rosas vermelhas e a solitária rosa branca ainda floresciam com um brilho etéreo.

O homem estava sentado à beira do jardim, os olhos fixos na rosa branca. Quando Chloe se aproximou, ele não se virou imediatamente, mas a atmosfera entre eles era menos tensa, mais íntima. Chloe se aproximou e sentou-se ao lado dele, como se esse fosse um ritual estabelecido entre os dois.

— Parece que você voltou, menina — disse o homem, com um tom caloroso e um leve sorriso brincando em seus lábios.

— Parece que sim. — Chloe respondeu, sentindo uma leveza em sua voz. — É estranho... cada vez que venho aqui, parece que já estive antes, como se soubesse que você estaria me esperando.

— Talvez você esteja certa. — Ele virou a cabeça, finalmente a encarando com aqueles olhos que, embora desconhecidos, pareciam conter todo o conhecimento do mundo.

— Então... por que estou aqui desta vez? — Chloe perguntou, intrigada, mas sem a urgência que tinha nas visitas anteriores.

O homem riu baixinho, uma risada que soou como o tilintar suave de sinos ao vento.

— Talvez, desta vez, seja por uma conversa mais pessoal. — Ele inclinou a cabeça ligeiramente, indicando que havia algo em particular que queria discutir.

Chloe ficou em silêncio por um momento, mas não resistiu à curiosidade. Ela olhou para as rosas ao redor e então se voltou para ele.

— Red. — Ela murmurou, como se isso por si só explicasse tudo.

— Red. — Ele repetiu, como se provasse o sabor da palavra. — Ela é importante para você.

Chloe hesitou, os pensamentos correndo em sua mente. O homem parecia entender mais do que ela estava pronta para admitir.

— Acho que sim. — Ela finalmente admitiu. — Mas às vezes... às vezes é difícil. Ela é complicada, impulsiva..., mas há algo nela, algo que não consigo ignorar.

O homem acenou com a cabeça, como se entendesse perfeitamente.

— As coisas mais valiosas muitas vezes são as mais difíceis de compreender. — Ele falou suavemente, seu tom carregado de sabedoria. — A flor se torna especial pelo tempo que dedicamos a ela, pela paciência que temos para observar seu crescimento, cuidar de suas necessidades, compreender seus espinhos.

Chloe olhou para a rosa branca, entendendo a metáfora implícita. Ela pensou em Red, na intensidade de sua presença, nos olhares enigmáticos e nas palavras afiadamente provocativas. Tudo nela parecia complexo, mas Chloe não conseguia evitar se sentir atraída, como se houvesse um enigma a ser resolvido.

— E se eu me machucar com os espinhos? — Chloe perguntou, sua voz soando mais vulnerável do que ela pretendia.

— Faz parte do processo. — Ele respondeu com um leve sorriso. — Mas o que você ganha em troca pode valer muito mais do que a dor momentânea dos espinhos. Às vezes, é nos desafios que encontramos nosso verdadeiro valor.