Chloed - Rosas e Espadas

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Estou de volta!

Devo confessar, que não tive coragem de responder boa parte dos comentários do último capítulo, muitos aqui estão realmente envolvidos com a história, e dói em mim, ver que vocês realmente estão sofrendo com tudo isso.

Comentem bastante, e votem, por favor!

Boa leitura!!!!

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Narrador

No País das Maravilhas, Cheshire e o Coelho Branco aguardavam com ansiedade nas proximidades da Toca do Coelho. A tensão no ar era palpável, ambos inquietos com a volta de Malvin. Mesmo que não pudessem sair devido ao decreto de Marcos, um líder implacável que governava agora, eles haviam formulado um plano cuidadoso para ajudar Malvin a sair de onde quer que estivesse preso.

Enquanto aguardavam, seus olhos vigilantes observavam o buraco à sua frente, um portal que frequentemente trazia mudanças e perigos. Quando um brilho inesperado surgiu do interior do buraco, seus corpos enrijeceram, e rapidamente entraram em posição. Antes que os guardas que patrulhavam os arredores pudessem notar qualquer movimento, Cheshire agiu com precisão. Utilizando sua magia característica, ele fez os três desaparecerem como fumaça, suas figuras se esvaindo no ar enquanto as sombras dos guardas passavam despercebidas.

Em um piscar de olhos, eles se materializaram novamente, agora na casa de bonecas assombrada. Aquele cenário surreal havia sido pintado por Malvin antes de ser caçado, uma obra que ele criara nas profundezas da floresta amaldiçoada do País das Maravilhas. Não era uma simples casa de bonecas. Cada detalhe era impregnado de sua antiga magia. O ambiente, ao mesmo tempo acolhedor e sinistro, parecia vibrar com as cores que ele havia pincelado, como se a própria casa estivesse viva.

Não demorou muito para que a aranha-mulher se aproximasse com cautela. Suas patas longas moviam-se com graça enquanto ela fazia uma reverência. Ágatha, com suas mãos humanas, trazia uma bandeja de guloseimas. Malvin observou a cena com um sorriso discreto, seus olhos capturando o contraste entre o grotesco e o delicado, algo que ele sempre admirara nas criaturas do País das Maravilhas.

— Venham — disse ele, sua voz suave, mas autoritária. — Juntem-se a mim, Ágatha, e todos vocês.

Assim que todos se acomodaram, Malvin começou a falar. Seus olhos brilhavam com uma mistura de determinação e uma tristeza profunda.

— Consegui o apoio da Rainha Ella e do Rei Encantado — começou ele, olhando diretamente para seus amigos. — Eles enviarão soldados. Eles estarão em treinamento pelas próximas semanas e estarão prontos quando chegar o momento da sentença de Bridget, daqui a dois meses.

Cheshire, sempre o pragmático, arqueou uma sobrancelha. Seu sorriso habitual se desfez, dando lugar a uma expressão preocupada.

— Isso pode ser perigoso — disse ele, sua voz carregada de apreensão. — Marcos não é um oponente comum. Trazer soldados para o País das Maravilhas pode provocar uma guerra.

Malvin não recuou diante das palavras de Cheshire. Seu olhar era de aço, sua determinação inabalável. Ele sabia dos riscos, mas também sabia o que estava em jogo.

— Sei que é perigoso — respondeu ele, sua voz ganhando intensidade. — Mas estou disposto a correr esse risco. Eu perdi Red, não pude salvá-la a tempo. Não deixarei que Bridget sofra o mesmo destino.

As palavras de Malvin ecoaram na sala, deixando uma marca em todos os presentes. Ele estava determinado a salvar o amor de sua vida, mesmo que isso significasse enfrentar o caos de Marcos e seu reinado tirânico. O silêncio se instalou por alguns segundos, até que Ágatha, sempre discreta, aproximou-se de Malvin, oferecendo uma xícara de chá. Ele aceitou com um leve aceno, tomando um gole enquanto refletia sobre o que viria a seguir.