A ordem dos guardiões

Capítulo 21: "Aposta Brutal"

Na sala principal da Torre Arcana, Soren, o líder incontestável dos Arautos dos Guardiões, estava em pé diante de uma grande mesa circular, onde os cinco membros do grupo estavam reunidos. A sala, adornada com símbolos arcanos e ricamente decorada com mármore negro e ouro, era o local onde as decisões mais cruciais para Valherran eram tomadas. Aqui, os Arautos, considerados os pilares da Ordem e os guardiões da nação, deliberavam sobre assuntos que moldavam o destino do mundo.

𝗢𝘀 𝗔𝗿𝗮𝘂𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗚𝘂𝗮𝗿𝗱𝗶𝗼̃𝗲𝘀:

Os Arautos não eram apenas indivíduos com habilidades alquímicas raras; eles eram a encarnação viva do poder que a Ordem dos Guardiões desejava projetar para o resto do mundo. Nascidos com uma afinidade única para a magia alquímica, algo extremamente raro e valioso em Eridia, esses cinco indivíduos eram considerados quase divinos pelos cidadãos de Valherran. Eles eram heróis para o público, símbolos da justiça e da ordem, aqueles que lidavam com as ameaças extremas e mantinham a paz. Mas a realidade, como sempre, era muito mais sombria.

Viktor Kreiss era o exemplo perfeito do que a propaganda da Ordem venerava. Alto, com uma postura impecável e uma presença que exalava autoridade, ele era o mais próximo que se podia chegar de um ideal nazista em Eridia. Seus cabelos loiros curtos e olhos azuis davam a ele uma aparência fria e implacável, refletindo sua crença em uma ordem mundial controlada por aqueles nascidos com magia. Viktor via os não-alquimistas como inferiores, seres cuja única função era servir aos que possuíam poder. Ele acreditava na purificação da sociedade, onde apenas os "escolhidos" deveriam sobreviver e prosperar.

Na prática, Viktor liderava missões de extermínio contra qualquer grupo que a Ordem considerasse uma ameaça. Ele comandava tropas com precisão militar e nunca hesitava em usar força bruta para alcançar seus objetivos. Sob sua liderança, milhares foram "purificados" em nome da segurança nacional, mas na realidade, era um genocídio disfarçado de manutenção da ordem.

Seraphine "Sera" Vale, com seus longos cabelos negros e olhos verdes intensos, era uma figura que inspirava tanto fascínio quanto terror. Ela era a mestre da manipulação mental e física, utilizando suas habilidades alquímicas para controlar e torturar suas vítimas. Sera tinha uma paixão sombria por causar dor, tanto psicológica quanto fisicamente, e fazia isso com uma alegria perturbadora. Ela era uma mulher que via o sofrimento alheio como uma forma de arte, algo a ser apreciado e aperfeiçoado.

Sua função entre os Arautos era extrair informações, quebrar espíritos, e garantir que qualquer ameaça à Ordem fosse desmantelada antes mesmo de se tornar um problema real. Em campo, ela era conhecida por sua crueldade extrema e pela eficácia com que transformava inimigos em aliados através da dor e da manipulação mental. Para os cidadãos comuns, Sera era uma heroína que "salvava" almas perdidas, mas para aqueles que sabiam a verdade, ela era o pior pesadelo encarnado.

Damien "Rook" Valens, com seu físico imponente e comportamento explosivo, era o músculo do grupo. Ele adorava a violência e nunca hesitava em usar força excessiva para resolver problemas. Com tatuagens cobrindo seus braços e uma cicatriz que cortava seu rosto, Rook parecia mais um mercenário do que um herói. Ele era imprudente, sempre procurando uma briga e causando destruição em massa sem pensar nas consequências.

Sua magia estava ligada à transmutação de materiais em armas de destruição em massa. Em campo, Rook era um verdadeiro demônio, transformando simples objetos em armamentos devastadores. Ele era o terror dos inimigos da Ordem, conhecido por nivelar cidades inteiras apenas para capturar um único alvo. Apesar de sua brutalidade, ele era extremamente leal a Soren, que parecia ser a única pessoa capaz de mantê-lo sob controle.

Lysandra "Lys" Graves era a mente por trás das estratégias dos Arautos. Com seus cabelos platinados sempre presos em um coque e olhos cinzentos e frios, ela era a personificação da racionalidade calculista. Lysandra desprezava a burrice e via os seres humanos como peças em um tabuleiro de xadrez, a serem movidas conforme sua vontade. Sua inteligência era sua arma mais poderosa, e ela a usava para manipular tanto amigos quanto inimigos.