capítulo 43: A corrida pelo o tesouro

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Dentro da caverna, Gregor e Elara encontraram um refúgio surpreendentemente belo, uma combinação de pedras cintilantes e veios de cristal que refletiam uma luz etérea. A atmosfera era carregada de energia natural, uma sensação quase mágica que contrastava com o caos que se desenrolava fora.

Gregor, sempre obcecado pela ciência, rapidamente retirou um autômato compacto do bolso de seu traje. O dispositivo, com seus componentes metálicos e luzes piscantes, começou a emitir uma série de zumbidos e cliques enquanto realizava uma análise detalhada do ambiente.

— Fascinante — murmurou Gregor para si mesmo. — Esta formação mineral é extraordinária. Se eu conseguir—

Sua fala foi interrompida quando um estrondo profundo ecoou pela caverna, seguido pelo som de pedras se deslocando. Elara, com a visão aguçada, avistou o golem de terra emergindo do túnel, sua presença imensa e ameaçadora. O golem, com seu corpo composto de uma amalgama de pedras e raízes, avançava de maneira destrutiva, seu movimento fazendo o chão tremer.

Gregor, com a cabeça ainda mergulhada em seus pensamentos científicos, tentou fazer uma observação sobre o golem.

— Isso é fascinante, a maneira como ele—

— Gregor, corra! — Elara gritou, a urgência em sua voz fazendo com que Gregor finalmente se desse conta da gravidade da situação.

O golem não perdeu tempo. Com um rugido baixo, ele ergueu um braço enorme feito de rocha e começou a esmagar o chão, enviando escombros e terra para todos os lados. As pedras e fragmentos voaram pelo ar, forçando Elara e Gregor a se esquivar com agilidade.

— Aqui! — Elara puxou Gregor para um corredor estreito na caverna. — Vamos por aqui, precisamos evitar o ataque direto.

Enquanto corriam, o golem parecia usar o ambiente a seu favor. Ele fazia o chão tremer e rachava as paredes da caverna, criando obstáculos e armadilhas naturais para dificultar a fuga. Gregor tentava acompanhar, mas sua visão estava constantemente desviando para os dispositivos científicos ao seu redor.

— A estrutura mineral é incrivelmente estável — Gregor murmurava, sua mente ainda focada em suas observações. — Se analisarmos a—

Elara interrompeu-o, puxando-o para longe de uma rocha que estava prestes a despencar.

— Menos ciência, mais sobrevivência!

O golem avançou, suas pernas largas e pesadas fazendo o chão se sacudir. Ele levantou uma enorme massa de terra e a lançou como um projétil, que se despedaçou ao atingir uma parede próxima, criando uma nuvem de poeira.

— Rápido! — Elara gritou, saltando para fora da nuvem de poeira. Ela puxou Gregor para baixo, para uma passagem que se escondia atrás de uma grande estalactite.

Gregor, agora mais alerta, olhou para a frente e notou uma série de formações rochosas que pareciam oferecer uma rota segura para um nível mais baixo da caverna. Eles começaram a correr nessa direção, desviando-se de pedaços de rocha e terra que o golem continuava a lançar.

— O que são essas formações? — Gregor perguntou, olhando para as rochas que formavam uma espécie de escada natural.

— Não é hora de descobrir — respondeu Elara, pulando para uma plataforma mais baixa. — Só siga-me e mantenha-se em movimento!

Eles desceram rapidamente pelas formações, mas o golem não estava longe. Suas mãos, cheias de terra e pedras, começaram a controlar o ambiente, formando barreiras e lançando rochas.

— Continue se movendo! — gritou Elara, ajustando-se ao ritmo frenético da fuga. — Temos que encontrar uma saída antes que ele nos alcance!

Finalmente, Elara avistou uma abertura mais ampla à frente, um espaço onde o golem parecia ter dificuldade em alcançar. Ela puxou Gregor para dentro, correndo em direção à abertura e ouvindo o rugido distante do golem que, incapaz de seguir por ali, continuava a devastar a parte da caverna por onde haviam passado.

A ordem dos guardiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora