Capítulo 2: O enigma desconhecido

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Lukas Hawthorne, agora desperto para seu poder, não hesitou. Ele avançou com uma fúria que parecia antinaturais. Os soldados da Ordem, acostumados a enfrentar desafios extremos, logo se viram em desvantagem.

Lukas ergueu as mãos e o chão sob os soldados começou a se moldar, como se estivesse vivo. Blocos de pedra se soltaram do solo, projetando-se com força contra os soldados, esmagando armaduras e lançando corpos pelos ares. O ataque de Lukas era uma combinação perfeita de força bruta e controle refinado, manipulando os elementos ao seu redor como um maestro. Alguns dos soldados tentaram reagir, disparando seus rifles etéreos, mas Lukas os desviava com simples gestos, alterando o curso dos projéteis com rajadas de vento ou barreiras invisíveis de Essentia. A cada movimento, a batalha se tornava mais intensa, e a paisagem ao redor deles se transformava em um campo de destroços.

Roderick, ainda atordoado pelo poder que Lukas exibia, mal conseguia acreditar no que via. Ele nunca testemunhou alguém manipular a magia alquímica com tamanha facilidade e poder. Era como se a própria natureza estivesse sob o comando de Lukas.

Enquanto Lukas derrubava mais soldados, um estrondo ecoou pelo campo de batalha. O líder do Batalhão, um homem de armadura negra adornada com símbolos arcanos, entrou em cena. Ele era um mago guerreiro de alto escalão, equipado com uma arma que irradiava um brilho – uma Lança da Sombras, uma arma forjada com Materia Negra e imbuída com Essentia corrompida, capaz de desintegrar qualquer matéria que tocasse.

— Você é forte, garoto, mas não o bastante, — disse o líder do Batalhão, sua voz cheia de ego.

Ele avançou com a lança, atacando Lukas com uma velocidade surpreendente. A energia escura da lança se entrelaçava com o ar, criando uma série de lâminas de sombra que cortavam tudo em seu caminho.

Lukas esquivou do primeiro ataque com agilidade, mas percebeu que a lança estava drenando a energia ao seu redor. Ele contra-atacou, lançando uma esfera de fogo alquímico, mas o líder a dissipou com um movimento da lança, absorvendo a energia.

A batalha estava se tornando cada vez mais perigosa, e por mais que Lukas fosse poderoso, o líder do Batalhão estava conseguindo equilibrar o confronto.

Foi então que uma série de explosões menores soaram ao redor deles, criando uma distração. De uma das sombras, uma figura surgiu: o vice-presidente da rebelião, Orion Voss, um homem de aparência madura, com olhos de aço e uma cicatriz atravessando o rosto. Ele usava um dispositivo peculiar, um cilindro metálico com runas brilhantes gravadas em sua superfície.

— Roderick, temos que sair daqui agora! — gritou Orion.

Ele ativou o cilindro, e uma onda de energia azulada se espalhou pelo campo de batalha. Os soldados começaram a recuar, suas armas ficando inoperantes, como se algo tivesse neutralizado suas fontes de poder. O dispositivo de Orion era uma Dissipadora Arcana, uma ferramenta rara capaz de anular temporariamente qualquer forma de energia mágica ou tecnológica em uma área limitada. Além disso, ele tinha uma segunda função: apagava completamente os rastros energéticos, impedindo que qualquer forma de rastreamento os localizasse depois.

— Pegue ele! — gritou o líder do Batalhão, mas seus soldados estavam desorientados, suas armas sem funcionar e suas comunicações interrompidas.

Orion correu até Roderick, segurando-o pelo braço enquanto olha para Lukas.

— Vamos, não temos muito tempo!

Juntos, eles recuaram para uma rota de fuga planejada, enquanto os soldados da Ordem, ainda confusos e sem poder reagir, viam os rebeldes desaparecerem nas sombras da noite.

A ordem dos guardiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora