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Rei do Norte? A cabeça de Roslin estava girando. Antes, seria fácil fingir a morte de uma Lady de Winterfell, mas fingir a morte de uma rainha? Deuses! Era algo impossível...
Os dias que se seguiram à morte do lobo pai foram cinzentos. Rickon não se animava o bastante para brincar com as outras crianças e nem para pescar, entrando em uma rotina de ficar por horas em silêncio, abraçado ao seu lobo.
E foi isso que a levou até ali, cavalgando ao lado de Benfrey, Jammos, Felpudo e os três guardas Starks. Rickon estava depressivamente triste e precisava ver a mãe. Roslin não gostava de imaginar como estaria a mente de Bran Stark, o lobo aleijado e sozinho no norte para lidar com todos os problemas de um lorde adulto.
Seus planos foram frustrados quando chegaram ao acampamento e souberam que Catelyn havia ido atrás do tal Rei Renly Baratheon. Robb estava lutando e os dois foram levados para a tenda dele, para esperar seu retorno daquela batalha, se ele retornasse...
— Obrigada, Ros — Rickon disse enquanto comia um pedaço da carne que os homens haviam caçado mais cedo. — Obrigada por me trazer. Sei que está se metendo em encrenca por minha causa.
— Está tudo bem, Rick. Ninguém vai brigar com a futura Rainha do Norte, não é? — Roslin brincou com o garotinho, que assentiu e correu para se aninhar em seu colo. — Olhe só, acho que senti uma gordurinha aqui.
Roslin brincou, beliscando de leve a barriga do jovem Stark, o que o fez gargalhar.
— Não, Ros! Eu não tenho gordurinhas! — ele exclamou rindo. De repente, a porta da tenda foi erguida e Robb entrou por ela como um raio.
— Vossa Graça! — Roslin se pôs de pé rapidamente, colocando Rickon ao seu lado também.
— Robb! — Rickon exclamou correndo para os braços do irmão e o abraçando. — Senti tanto a sua falta!
— Olá, Rickon. Também senti sua falta — Robb disse apertando o irmão contra si e deixando um beijo em sua testa, logo após indo até Roslin.
— Perdão, sei que não deveríamos estar aqui, mas Rickon estava muito triste. Pensei que se ele visse a mãe... talvez isso o animasse — Roslin explicou nervosamente. Robb respirou fundo e olhou uma última vez para o irmão antes de falar.
— Milady, não vou mentir e dizer que gosto da ideia de ter meu irmãozinho e minha noiva em um acampamento de guerra! Mas também não posso dizer que não estou feliz em vê-los... minha mãe deve chegar em alguns dias; acho que não haverá problemas. Porém, ao mínimo sinal de um ataque, vocês são os primeiros a saírem daqui!
— Entendido, Majestade — Roslin disse abaixando a cabeça.
— Por favor, não... só me chame de Robb — ele pediu erguendo a cabeça dela com cuidado. — Afinal, somos amigos, não é?
— Claro, ma... Robb! — ela se corrigiu, sorrindo com as bochechas coradas. — Me chame de Ros então, certo?
— Certo! — O sorriso de Robb era um tanto selvagem; talvez fosse verdade o que diziam sobre ele e o lobo no fim das contas. Um sentimento estranho surgiu em sua barriga, mas ela achou melhor ignorar.
