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Algumas horas depois, no puro silêncio em cima do cavalo, elas finalmente chegaram ao acampamento, que ainda estava vazio, já que os homens estavam completando o plano.
— Venha — Roslin a guiou com cuidado até a tenda onde Talisa costumava atender. — Lady Talisa, se importaria em cuidar de Lady Sansa?
— De forma alguma, milady — Talisa disse, se aproximando com cuidado e analisando os machucados de Sansa. — Sansa, eles...
— Sim! — a garota disse apenas isso, parecendo querer sumir da vista de todos.
— Vai ficar tudo bem, agora que você está aqui. É questão de tempo para seu irmão derrubar King's Landing — Roslin garantiu à garota.
— Mas nada vai ser como antes... eu estou destruída! Meu pai morto e Arya... só os deuses sabem — Sansa disse, olhando para a cunhada em quase desespero.
— É verdade, é uma tragédia o que você passou, mas não há como voltar no tempo — Roslin acariciou o cabelo ruivo, que estava muito desidratado.
— Sansa! — a voz de Catelyn veio do lado de fora e a garota se sobressaltou, pulando da maca e correndo para se esconder.
— Por favor, não deixe que ela me veja assim! — Sansa pediu, vendo as duas mulheres se entreolharem.
— Se a barrarmos, ela nos odiará eternamente — Talisa disse, receosa enquanto pegava algumas linhas de seda para costurar o corte no braço de Sansa.
— Bem, ninguém te contou ainda que eu sou a pessoa que ela mais odeia? — Roslin perguntou em um tom brincalhão, vendo o sorriso piedoso de Talisa.
— Sinto muito...
— Tudo bem, fique aqui com Sansa e eu irei enfrentar a mamãe loba — Roslin disse, saindo da tenda ao mesmo tempo que Catelyn tentava passar pelos guardas para entrar.
— Me deixem ver minha filha!
— Catelyn, se acalme! Sansa está traumatizada; te ver nesse estado não vai ajudá-la — Roslin disse, se aproximando da mulher.
— O que? Não! Eu preciso vê-la, abraçá-la e cuidar dela!
— Ela já está sendo tratada. Depois vai se limpar, comer e dormir — Roslin disse segurando as mãos de Catelyn entre as suas. — E depois ela vai até você. Tente entender, milady... ela está envergonhada; não quer que você a veja como fraca e humilhada. Deixe-a se reconstruir.
— Isso... é cruel! Não deixar uma mãe ver a filha é cruel! — Catelyn disse, tirando as mãos de perto de Roslin e desferindo um tapa na garota. — Você é cruel! FAZENDO MEU FILHO SE TORNAR UM ASSASSINO SEM HONRA E MANCHANDO NOSSA CAUSA.
Ela pôde ouvir os homens Frey sacando as espadas para protegê-la, assim como Brienne e os outros homens de casas menores ali.
— Garanto a você que Robb mantém sua honra a quem merece — Roslin disse, ignorando o ardor na sua bochecha; assim como o corte sangrando em seu lábio que sempre foi muito delicado. Ele se rachava facilmente com mudanças climáticas e pancadas. Ela logo tratou de mandar um sinal para que seus homens guardassem as espadas.
