Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eles haviam sido interrompidos novamente, desta vez por Rickon, que apareceu apressado na porta. O menino havia acordado cedo para se despedir de Roslin, e seus olhos estavam cheios de uma mistura de afeto e uma inquietação própria de quem sentia o peso de despedidas, mesmo que fosse por um curto período.
Sansa e Arya também haviam se levantado, ambas parecendo mais serenas agora que o dia começava. Arya ainda estava se ajustando à sensação de estar em casa novamente, seus olhos vagando pela sala com uma certa cautela, como se estivesse tentando se reconectar com os lugares que, por tanto tempo, pareceram distantes.
Rickon deu um passo à frente, abraçando Roslin com força, com a simplicidade de uma criança que ainda via o mundo de forma clara, sem os complicados medos dos adultos.
—Até logo, Roslin. Volte logo, tá?— ele disse, e sua voz soava com a pureza de um desejo sincero.
Sansa, mais tranquila, também foi até Roslin, oferecendo-lhe um abraço afetuoso.
—Cuide-se. Espero que os dias que vocês estiverem fora passem rápido e em paz— ela disse, com um sorriso suave, mas com uma pitada de melancolia, como quem sabia que o luto se estenderia, mas queria que o peso do dia fosse suavizado.
Arya, observando tudo com um olhar um pouco distante, se aproximou por último. Seus olhos, sempre intensos e observadores, pareciam refletir a dor que ela sentia, mas também a força que a fazia resistir. Ela abraçou Roslin rapidamente, com um gesto firme, mas sem palavras, apenas a compreensão silenciosa que ambas compartilhavam.
Os três cunhados se despediram com promessas de que se veriam em breve, embora soubessem que o retorno de Roslin seria apenas temporário. Ela não iria longe, apenas até o velório de Lorde Tully, mas o fato de estar saindo de Winterfell, parecia carregar um peso diferente.
Enquanto se despedia dos cunhados, Robb foi chamado abruptamente pelo conselho, a urgência em sua voz deixando claro que algo importante o aguardava. Roslin, por mais que tivesse desejado se despedir de maneira mais completa, entendeu que a guerra e as responsabilidades não permitiam adiamentos. Catelyn, com seu semblante grave, também não disse muito, apenas fez um gesto de entendimento, e as duas partiram sem mais palavras de despedida, sabendo que o tempo agora exigia ação.
[...]
O caminho para as Terras Fluviais se estendia diante delas, atravessando paisagens silenciosas e imponentes. O ar estava fresco, e o som dos cavalos galopando era o único que quebrava o silêncio profundo. A presença de Lorde Kastark e do Lorde Umber ao lado delas trouxe um certo conforto, sua lealdade a Robb conhecida e respeitada, o que fazia de sua companhia uma garantia de segurança.
Catelyn, pensativa e séria, seguia em frente, como se os pensamentos sobre Lorde Tully e as responsabilidades que ainda carregava a acompanhassem em cada passo. Roslin, embora em silêncio, sentia a tensão em sua própria mente. A viagem era breve, mas a carga emocional de visitar um velório pesava sobre ela. As palavras de Robb antes da partida ainda ecoavam em sua mente, aquecendo seu coração, mas também deixando uma sensação de incerteza sobre o que o futuro lhes reservava.
