𝑃𝑟𝑜𝑙𝑜𝑔𝑜 - 00

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- Nota -

Assim como da última vez, começo essa fic por diversão.

aviso que sei o básico de vôlei e do universo do esporte, então não prometo entregar muitos detalhes técnicos em relação às partidas e etc.

Bem, espero que gostem e que a história tome um bom rumo!

- Boa leitura -

[🏐]

Zona Leste de São Paulo, 2019,
Galáticos - Escola de Esportes

— Santinelli, essa bola é sua! – Mariana, uma das jogadoras e capitã do time, exclamou alto assim que uma das adversárias passou a bola por cima da rede.

Maria Fernanda não respondeu, apenas encarou a capitã e, em milésimos, seu corpo estava ao chão da quadra e sua mão abaixo da bola empedindo que a mesma tocasse o chão, a levantando ao ar em seguida.

Logo o jogo continuou, as garotas se estabilizaram e Esther saltou alto, sua mão foi de encontro com a bola ao ar e, com força, conseguiu que essa passasse por cima da grande rede colocada no centro da quadra, sendo assim, sem muita dificuldade, a bola de listras brancas, amarelas e azuis bateu contra o chão em um grande impacto.

Quase que imediatamente, as jogadoras comemoraram em a vitória com gritos eufóricos e abraços apertados.

— Ótimo jogo, meninas! – Ivete, a treinadora de todas aquelas jogadoras, exclamou — Descansem um pouco agora.

As garotas agradeceram enquanto caminhavam em direção a arquibancada da quadra calmamente. Algumas paravam para beber água, outras conversavam, outras iam ao banheiro... enfim, descansavam e aproveitavam aquele intervalo para conversar sobre coisas banais alheias ao vôlei.

— Ótima bola, Cardoso! – Maria Fernanda disse com um sorriso amigável estampado nos lábios.

— Obrigada, Mafê – A garota de cabelos lisos, castanhos e bastante curtos respondeu enquanto limpava os óculos redondos de armação fina que usava  — Você também foi ótima, ainda bem que salvou aquela bola!

A jovem riu suavemente concordando com o comentário de Esther.

As alunas eram bastante dividas entre sobrenomes, como Esther, que gostava de ser chamada de Cardoso e Maria Fernanda, que era identificada por Santinelli. Era o começo de sua carreira no esporte em questão, queria ser lembrada por seu nome, sempre sentiu que o mesmo guardava consigo uma força. Uma força a altura de uma grande jogadora de vôlei, cujo sonhava em se tornar.

Maria Fernanda, ou melhor, Santinelli, cresceu entre o esporte e começou no o volleyball aos catorze anos de idade. Sempre tivera força dentro de quadra, seu sangue sempre ferveu em partidas e a busca pelas vitórias sempre lhe foi presente desde que começou, entretanto, a jovem sabia perder quando necessário e, desde cedo, teve a capacidade de direcionar a raiva com coisas da vida ao lugar certo. A quadra.

Dentro de quadra, Mafê fez amizades para vida, como a com Cardoso, menina muito mais calma e quieta que ela, mas tão habilidosa e talentosa quanto. Eram bastante diferentes em vários aspectos, desde os físicos até os de personalidade. Santinelli tinha cabelos ondulados e medianos, seu corpo era mais comprido que o de Cardoso, mas, ambas, garotas altas. Não usava óculos como Esther e também não tinham gostos tão parecidos, porém, mesmo assim, tornaram-se amigas inseparáveis desde a primeira vez que viram-se.

Agora ambas caminhavam juntas, lado a lado, rumo ao brilho de estrelas. Estrelas essas que, o talento que lhes banhava o peito, as faria chegar o mais rápido e próximo possível. O mundo sempre foi de jovens como elas e o futuro as aguardava com circunstâncias extraordinárias...

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A Alemã - Julia Bergmann Onde histórias criam vida. Descubra agora