𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 - 10

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ESTRELAS

[🏐]

A manhã já fazia-se presente, Mafê mal dormira na madrugada, não podia crer no que Carolana fez antes que dormissem. Não que não quisesse ir ao tal jantar, mas jamais teria coragem para responder as mensagens enviadas pela ruiva.

Ergueu-se da cama, foi ao banheiro, lavou o rosto e tomou coragem de enfrentar os treinos do dia, ou melhor, tomou coragem de passar horas ao lado da alemã sabendo que iriam a um jantar ao anoitecer.

— Vai dar tudo certo! – Ana Carolina colocou a mão sobre o ombro de Maria Fernanda antes que deixassem o dormitório.

— Prefiro que você não fique me lembrando o tempo todo... – Murmurou com um sorriso tímido.

— Tudo bem, eu não falo mais nada! – A mais velha riu baixo e Santinelli não pode deixar de soltar um riso abafado também.

Enquanto isso, Gabriela e Júlia chegavam ao refeitório, quw estava praticamente vazio pelo horário, e Bergamann sentia-se tensa.

— Relaxa, Júlia – Gabi disse casualmente, sentando-se a mesa — Vai dar tudo certo hoje!

— Obrigada... eu acho... – Ela murmurou e sorriu fraco, sentando-se ao lado de Guimaraes.

(...)

Durante o café da manhã e os primeiros treinos, Julia evitou ao máximo olhar para Santinelli, mas era impossível controlar seus batimentos cardíacos, que ficavam descompassados. Todas as malditas vezes que seus olhos crusavam-se com os de Maria Fernanda, ela podia ver que havia um brilho de desejo nos mesmos e isso lhe trazia uma certa esperança...

Sentia que essa esperança pudesse lhe machucar.

Santinelli fizera o mesmo, evitou ao máximo encarar o rosto e o corpo alto e pálido de Bergamann. Não podia deixar de lado o fato do corpo de Julia lhe chamar muita atenção, ele parecia minimamente desenhado e polido, era como se os céus tivessem o planejado nos mínimos detalhes.

Os cabelos ruivos e ondulados destacavam-se tão bem ao rosto dela, seus olhos azuis grandes e redondos eram tão lindos... Mafê só conseguia repreender a si em pensamento por sentir que estava caindo, outra vez, em braços maiores.

Não sabia se suportaria passar tantos meses ao lado da alemã sem sentir nada, mas de uma coisa tinha certeza: Se suportasse, jamais esqueceria o quão lindos e bem desenhados eram aqueles lábios.

(...)

20h00

— Você não vai se atrasar, para de ser neurótica! – Cardoso disse em um tom calmo, mas sério.

— Estou nervosa... – Santinelli confessou fechando os olhos com força.

Carolana e Esther estavam no dormitório e Maria Fernanda havia acabado de sair do banho, estava enrolada em uma toalha branca e seu colo era vermelho pela temperatura alta da água que lhe correu o corpo há minutos atrás.

— Vai lá, coloca sua roupa e relaxa... – Esther colocou as mãos nos ombros da amiga — Vai dar tudo certo!

Respirou fundo, fechou os olhos e assentiu, virando-se para ir ao banheiro vestir as roupas tão especiais.

A Alemã - Julia Bergmann Onde histórias criam vida. Descubra agora