Capítulo 9

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Abri os olhos em susto, após um sonho confuso. Mesmo sem entender muito bem do que se tratava, não senti medo, pois havia um corpo quente colado ao meu na cama, fechei os olhos novamente, querendo voltar a dormir naquela posição confortável. Senti seu cheiro em mim e sorri. Eu não sei como fomos parar naquela posição confusa com braços e pernas entrelaçadas, ele escondia o rosto no meu pescoço... Eu nunca fui de dormir agarrado desse jeito, no máximo uma conchinha.

Ontem ficamos conversando, beijando e conversando e beijando mais um pouco. Dois homens de mais de 30 anos, parecendo dois adolescentes. A real é que estávamos muito assustados com tudo aquilo. Tentávamos falar sobre outra coisa, distrair de alguma forma, mas acabávamos caindo no mesmo assunto. Os assassinatos, os corpos, o modus operandi... Era difícil desligar.

Ele começou a se mover, despertando. Acredito que teve a mesma sensação de conforto que eu.

- Hmmm... Não quero levantar

Eu ri em resposta porque essa era exatamente a sensação. Queria nunca mais sair dali.

- Deve tá cedo ainda, nem tem sol direito

Queria muito que fosse cedo e não apenas um dia nublado. Ele deslizou a ponta do nariz pelo meu pescoço e distribuiu beijos em seguida pelo mesmo local. Eu conseguia sentir sua ereção matinal e ele com certeza sentia a minha, que era um pouco mais tímida que a sua.

Suas mãos passeavam pelas minhas costas em uma lentidão que me fazia sentir toda a textura da sua pele contra a minha, me fazendo estremecer quando sua mão descia tão baixo que gastava alguns segundos brincando com o cós do meu shorts.

Eu o puxei contra mim, segurando firme sua cintura. Ele soltou um gemido baixinho, quase imperceptível. Sua mão desceu e agarrou minha bunda, repetindo o mesmo movimento que o meu, me puxando contra seu corpo fazendo nossas ereções se tocarem firmemente com toda aquela fricção. Minha respiração já estava completamente irregular e a dele também. De repente, aquele dia nublado se transformou em um dia quente.

Não pude conter um gemido quando ele agarrou a parte da frente do meu shorts, preenchendo sua mão com a minha ereção já bem mais acordada.

- Bom dia - sua voz sussurrada no meu ouvido me fez derreter - Você tá bem acordado, né?

Eu ri enquanto minha mão repetia o seu movimento, massageando brevemente seu pênis, por cima da roupa, já quase completamente duro. A sua resposta foi um gemido arrastado.

- Bom dia pra você também

Agradeci por estarmos sem camisa, assim consegui descer meus lábios pelo seu pescoço, peitoral, até chegar em seu mamilo direito, onde havia um piercing. Assim que minha língua tocou sua pele, suas mãos foram parar no meu cabelo, agarrando com força. Eu senti ele tremer conforme os movimentos da minha mão tornavam-se mais firmes, apesar de ainda existir um tecido entre nós.

Minha boca começou a passear pelo seu abdômen, sentindo seu gosto, decorando todos os lugares. Sua voz trêmula chamou meu nome quando mordi sua cintura esguia.

Sem paciência, ele mesmo tirou o seu resto de roupa e deitou de barriga pra cima, me puxando. Cobri seu corpo com o meu, beijando seu peitoral e subindo até seu pescoço. Suas mãos ágeis já tiravam a última peça de roupa que existia em mim também.

Sua mão na minha nuca me incentivava a descer a boca cada vez mais. Logo que segurei seu pau e movimentei a mão lentamente para cima e para baixo, já comecei a cobrir a parte interna da sua coxa com beijos lentos. Ele puxando meu cabelo e seus gemidos manhosos me faziam lembrar o quanto eu queria sentir seu gosto.

Quando minha boca cobriu sua glande, meu celular tocou. O meu primeiro pensamento foi ignorar completamente e foi o que eu fiz. Diego estava tão concentrado me olhando, com os olhos semicerrados, que acredito que nem ouvia o barulho do toque. O barulho parou, mas no momento em que minha boca desceu, o engolindo quase que inteiro, seu gemido se misturou mais uma vez com o toque irritante e dessa vez ele ouviu, porque desviou o olhar de mim e olhou para a mesa de cabeceira. Tenho certeza que ele nem leu o que estava escrito, apenas desligou.

Lavanda - dimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora