POV: Faye
Acordamos nuas em meio aos lençóis. As pernas da fedelha estavam sobre as minhas, uma de suas mãos segurava meu seio esquerdo e seu braço me envolvia pela cintura. Seus cabelos sobre o rosto. Uma cena engraçada que me fez rir de canto. Esse feriadão prometia.
Levantei bem devagar e fui ao banheiro, onde tomei um banho relaxante na banheira. Uns 15 minutos depois, ouvi a porta se abrir e fechei meus olhos. Aquela fedelha sabia como me provocar. Senti os passos pelo chão, a respiração é que achei estranha, parecia ofegante como quando subimos escadas correndo. Não demorou muito para me decepcionar. O cheiro de bebida alcoólica emanou o ar e quando fui abrir os olhos, um beijo forçado me prendeu.
Um beijo que não era o de Yoko me tomou com fúria. Eu até tentei me desvencilhar, mas a banheira não me ajudou e escorreguei, não antes de visualizar Yoko em pé, na porta, nos olhando.
Brenda, mais uma vez, bêbada, achando que era minha dona tentava se impor.
- Faye, o que aquela garota está fazendo aqui em casa de novo?
Levantei da banheira me enrolando na toalha. Yoko em pé na porta com a cara bastante irritada.
- Amor, eu posso explicar. – Falei olhando para ela, mas a Brenda entendeu que eu me dirigia a ela.
- Amor, o caramba. Nós já conversamos sobre isso e toda vez que viajo pego você na cama com outra pessoa. Pare de me humilhar desse jeito.
Yoko ainda olhava toda cena, desta vez, seus olhos estavam vermelhos. Era nítido que tentava não chorar. Eu sai da banheira e quase escorreguei, mas passei por Brenda e fui até ela.
- Eu posso explicar.
Yoko me deu um tapa tão forte que meu rosto chegou virar. Eu me voltei para ela deixando a toalha cair.
- Por que fez isso?
- Cala a boca! Chega! Não há o que explicar. As coisas estão mais claras do que um dia desconfiei. Marissa estava certa. É melhor manter distância de você.
- Isso mesmo, querida, porque ela já tem dona. Euzinha aqui.
- CALA BOCA, BRENDA!
- Yo...! – Falei segurando suas mãos, mas ela puxou abruptamente voltando a vestir suas roupas rapidamente. Consequentemente, me vendo nua diante daquela situação. Fui ao closet e vesti uma calça e uma camiseta tão rápido que esqueci da calcinha e do sutiã.
Quando cheguei no quarto, Yoko tinha acabado de descer e Brenda tirava as roupas para deitar em minha cama.
- Não tire suas roupas. Não se atreva a dormir aqui. Temos que conversar.
Saí do quarto correndo e ainda consegui pegar Yoko na descida das escadas.
- Amor, deixa eu explicar. Não é nada disso que você está pensando.
- "Não é nada disso que estou pensando", "...toda vez que viajo pego você na cama com outra pessoa" ... O que há para explicar? Está claro para mim que eu só sou mais um de seus troféus. Você é tão encantadora que as mulheres vêm a sua casa, transam com você e você as paga para depois ficar com aquela lá (referindo-se à Brenda).
A abracei num impulso. Minha voz falhou.
- Me larga! PROFESSORA, A SENHORA PODE ME LARGAR! – Ela disse gritando.
- "Professora", "Senhora", o que é isso? Um retrocesso? Você não vai mesmo me deixar explicar.
Acabando de descer as escadas, Yoko parou e disse: - Vamos! Explique como Brenda consegue ter acesso a sua casa com tanta facilidade. Explique porque parece que ela te conhece melhor que qualquer outra pessoa. Explique porque ela é tão apaixonada a ponto de suportar você com outras mulheres... EXPLIQUE O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI! – Yoko gritou em lágrimas.
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Como amar uma Garota? - FayeYoko
FanfictionYoko retornou ao Brasil após três anos de intercâmbio. A readaptação ao país, o convívio com a mãe, a presença de uma funcionária inesperada e a descoberta de um amor 'impróprio' por sua nova professora. Muitas emoções aguardam essas personagens.