Um Amor Puro - Júlia Bergmann

8

𖥔     ࣪˖    𓊔    :   🌻    .     ꜥ   Depois de passar algumas horas com Júlia, apenas aprontando a companhia uma da outra, havíamos nos separado para nós arrumar para o jantar, o qual Carolana havia me ligado e mandando mensagem especificando exatamente onde seria e que eu deveria ir, oque pareceu mais uma ameaça de morte. Mas, decidi não pensar dessa forma.
Estava feliz, pois veria Anne, que era outra pessoa com papel importante na minha vida, e também estava feliz porque a noite parecia ser totalmente agradável.

Agora eu caminhava em direção ao quarto de Júlia, onde havíamos combinados de nós encontrar irmos juntas. Carolana parecia focada em juntar no duas quando insistiu que eu deveria ser mulher e tomar atitude, palavras dela. E deixou claro que deveria levar Júlia ao jantar, ou ela me mandava de volta, palavras dela denovo.

Logo quando comecei a avistar a porta do quarto que Júlia dividia com Ana Cristina, a encontrei saindo, como sempre estava linda, teria como ela não estar em algum momento? Ao notar que me aproximava, ela sorriu, oque me fez sorrir automaticamente também.

— Pronta? — Perguntei, enquanto passava meu braço envolta da sua cintura.

— Claro, você está bonita

— Você também, sempre

Júlia sorriu, que droga ela era simplesmente um graça.

_________________

Ao chegar no restaurante, que curiosamente também era perto da praia, me lembrou do meu primeiro encontro com Júlia, oque me fez ter Flashbacks. Ao entrar, notei as decorações com uma parede de tijolos, lâmpadas amarelas, e folhas que haviam no teto, as cadeiras em tom preto e laranja terroso. Era bonito e trazia ar de conforto.

Peguei na mão de Júlia, que parecia curiosamente nervosa por aquele momento, talvez por parecer que isso era um encontro de casais e talvez pelo fato dela saber a importância que Carolana e Anne tinham em minha vida. Mas, a pergunta era, isso não poderia ser considerado um encontro de casais?

Em um mesa mais ao fundo, onde caminhei por imaginar que as duas estariam ali, porque era normal sempre pegarmos mesas mais afastadas possíveis, por questões de privacidade. Avistei Carolana e Anne, que conversam ao lado uma da outra, oque aqueceu meu coração, elas eram maravilhosas.

Não soltei a mão de Júlia, em nenhum momento, enquanto caminhava até a mesa, oque foi recebido com um aperto um pouco mais forte dela.

— Tem espaço para duas pessoas nessa mesa? — Perguntei, quando Anne notou minha presença foi a primeira a levantar e caminhar em minha direção para me abraçar.

Tive que desfazer as mãos dadas que tinha com Júlia.

— Claro que tem, que saudades estava de você — Anne me abraçou, suas palavras ainda tinham o sotaque, o português ainda era difícil para ela, mas saia muito bem dela — Porque toda vez que te vejo parece que você cresceu?

— Você tá falando igual a minha mãe quando me vê

— Eu e a Carol te adotamos temos o direito

— Eu fui adotada a força

Anne sorriu e me soltou para cumprimentar Júlia que estava calada ao meu lado, envergonhada, eu sabia disso.

— Júlia, que bom te ver novamente — As duas se abraçaram.

Enquanto isso cumprimentei Carolana também.

— Tenho medo do que você está aprontando

— Eu aprontando, Beatriz, logo eu?

— Você queria um encontro de casais?

— Eu tô apenas te ajudando, sabe como é né, você é um pouco lerda, se depender de você nunca vai ter Bergmann no nome