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𓊔     :    💫     .      ꜥ     ࣪ Os jogos da terceira semana já haviam iniciado, Beatriz já havia retornado para jogar novamente, e o segundo jogo seria contra Turquia. Os nervos de todas estavam as alturas, sabiam que seriam provocadas constante durante o jogo, sabiam como suas adversárias eram. Mas, também sabia que só grito e provocações não ganhariam o jogo.
No vestiário, onde ambas se aprontavam, se arrumavam. Beatriz e Júlia estavam como sempre eu seu canto, onde virou um tipo de ritual Júlia fazer os penteados no cabelo de Beatriz, que ficava quieta enquanto seus dedos faziam carinho na coxa de sua agora namorada.

Júlia sempre atenta, fazia questão de deixar o cabelo de Beatriz arrumado com todo carinho, sempre com cuidado, parecia não querer machucar ou puxar um fio de cabelo da sua namorada, não queria que ela sentisse uma dor.

— Acha que terminamos a semana invictas — Beatriz perguntou.

— Acho que sim, de qualquer forma é importante que a gente se classifique, independente da posição — Júlia disse, terminando o penteado no cabelo de Beatriz — Se vira, quero ver com ficou

Beatriz fez oque Júlia pediu, se virou de frente para a namorada, que logo sorriu.

— Ficou bom? Porque estou perguntando, foi você que fez, impossível não ficar bom.

— Não pode tentar me agradar sempre

— Você pode me deixar te dar os créditos? Sabe que ficou lindo, porque você que fez

— Eu acho que é a modelo

Beatriz sorriu, como sempre acontecia e diversos momentos elas acabavam se perdendo no olhar uma da outra, enquanto os sorrisos de mantinham no rosto uma da outra, sorrisos bobos e idiotas para muitos, mas apenas elas entendiam. Apenas elas sabiam o impacto do olhar, a intensidade.

— Para de me olhar assim — Beatriz disse.

— É impossível não te olhar, você é linda.

— Faz uma coisa?

— Pra você qualquer coisa.

— Guarda essas palavras, pra depois do jogo quando eu humilhar elas, e guarda um beijo também.

— Só tem uma coisa que vou ter que mudar no seu pedido.

— Oque?

— Eu vou guardar vários beijos.

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A sensação de entrar em quadra com seu nome sendo falado e logo aplausos e gritos ainda era muito impressionante para Beatriz, algo que nunca se acostumaria. Depois de dias difíceis, onde se manteve fazendo fisioterapia todos os dias e sentido dores terríveis. Era satisfatório estar novamente na quadra, e apesar de ter estado na partida passada sentia essa por algum motivo diferente, sentia se confiante e muito motivada.

Com todas suas companheiras, já entraria como titular dentro de quadra, depois de algum tempo, Zé estava confiando nela, muitas pessoas estavam. Logo o jogo começa, primeiro ataque é brasileiro, e o ponto é marcado por Gabi.

O jogo continua, Brasil estava com uma vantagem a frente, mas mesmo assim algumas jogadoras da Turquia ainda provocavam. Oque irritava muito Beatriz, escutava provocações com suas parceiras de equipes até quando elas erravam.

Se irritou quando em um ataque, com a bola levantada para sua namorada. Ebrar Karakurt bloqueia, fazendo com que a bola caia na quadra brasileira, sendo ponto para a Turquia. Mas, a jogadora da Turquia faz questão de gritar na cara de Júlia.

— Onde está o ataque potente? — Suas palavras era em inglês, e ainda ela fez questão de fazer gestos.

Beatriz notou a expressão da namorada se tornar diferente, oque preocupou, não queria que Júlia se abalasse por uma maluca que vive gritando na cara dos outros. Isso irritou Beatriz, pediu que a próxima bola fosse levantada para ela.

Um Amor Puro - Júlia Bergmann Onde histórias criam vida. Descubra agora