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ᝰ .  ∦     🍂     ꗃ  A terceira semana acabou rapidamente, logo Beatriz pode voltar a treinar tanto na academia quanto nos treinos na quadra. Estava quase 100% e se sentia feliz porque e breve estaria em quadra. Os seus adversários da terceira semana já haviam saído, e a selação já se encontrava em Hong Kong para finalmente saber se estaria entre os oito times. Sabiam que poderiam conseguir e tinham tudo pra levar esse título para casa.

Deitada em sua cama, depois de acabar de voltar do restaurante do hotel, onde havia deixado suas amigas e também Júlia. Ansiosa para que jogar novamente, não via a hora de ver seus pais também. Sua cabeça estava um turbilhão de coisas, nunca imaginou que chegaria onde estava, acontecendo as coisas que estavam acontecendo. Poderia se considerar sortuda, apesar de algumas pedras no caminho e de alguns problemas.

Pensando em tudo isso, não escutou o barulho da porta se abrindo, nem o barulho das pisadas que se aproximavam. Apenas sentiu a presença de alguém, quando a cama afundou e alguém deitou do seu lado, ao olhar para o lado notou a presença dela. Julia Bergmann, que mostrava um sorriso largo.

— Oi, fiquei preocupada. Você está bem? — Júlia perguntou, como sempre de preocupando com Beatriz e sempre se certificando de que ela estava bem.

— Estou bem, apenas queria deitar um pouco — Beatriz demonstrou um sorriso reconfortante, sentiu suas mãos serem agarradas pelas mãos quentes de Júlia

Beatriz permaneceu com o olhar diretamente no rosto de Júlia, admirando os seus traços, seus olhos, se considerava sortuda, sabia que era. Júlia era tudo oque Beatriz não havia tido antes, ela era amorosa, carinhosa. Em resumo, ela era perfeita.

Julia também olhou para Beatriz enquanto acariciava suas mãos, pensava a mesma coisa em relação a Beatriz. Sabia que queria aquela garota para si, sabia que precisava fazer oque pensava a algum tempo, só precisava achar o momento perfeito.

O momento não precisava de palavras, muitas vezes não precisavam falar nada uma para outra para transmitir oque estavam sentindo, apenas pelo toque, pelos olhares, que em momentos transmitiam mais que palavras.

— Quer sair amanhã? — Júlia perguntou.

— Está me chamando para um encontro Júlia Bergmann?

— Sim, mas não se acha muito tá bom.

— Com certeza, estou me sentindo lisonjeada — Beatriz disse, suas mãos foram para os cabelos de Júlia que caiam como ondas, lembravam o mar, Beatriz gostava disso, porque gostava do mar e gostava de Júlia.

— Deveria se sentir mesmo

— Eu me sinto, tenho uma mulher muito bonita deitada ao meu lado agora — Beatriz se aproximou, agora estava acariciando o rosto de Júlia, traçando linhas — Muita bonita inclusive, tem uma personalidade incrível — As bochechas de Júlia sempre a entregavam quando ela ficava vermelha, nunca se acostumava quando Beatriz a elogiava — E que eu tenho que admitir, acho que gostei de ficar na arquibancada nesses últimos dias, que visão maravilhosa.

Julia queria dizer palavras, queria que algo saísse da sua boca. Mas, simplesmente puxou a gola da camisa de  Beatriz, fazendo com que sua proximidade se tornasse total e então seus lábios se conectassem um ao outro, as mãos de Beatriz na nuca de Júlia acariciava ali, como todos os momentos com Júlia, nada importa além dela, o beijo cheio de sentimentos, de verdade e de amor, que por mais que não fosse dito diretamente em palavras, era muito óbvio, era genuíno.

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Depois de um dia lotado de treino e de muita atividade, por mais que Júlia e Beatriz estivessem cansadas, decidiram sair juntas para jantar. Estava em um restaurante muito bonito, com vista para a cidade logo do alto, onde Hong Kong brilhava. Beatriz não esperava nada, além de conversas e de comer.

Um Amor Puro - Júlia Bergmann Onde histórias criam vida. Descubra agora