capítulo 10

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NAQUELE DIA
GABRIELA GUIMARÃES

Se eu ficar mais um dia trancada nesse hotel eu fico louca. Sempre amei ficar em casa, mas quando você é uma está em Paris e está participando das Olimpíadas 2024, odiara ficar em casa.

Ficar longe das garotas especificamente da Gabi é como suicídio. Acho q peguei dependência emocional na Gabi, ela é tão legal comigo, quando estou com ela fico feliz.

Sentada no sofá com o controle de videogame na mão percebo o quão estou intediada.A verdade é que nada parece tão divertido quanto jogar de verdade. A mãe sempre está sempre por perto me destraindo. Como eu queria está agora treinando com as meninas hoje.

Pena que não posso treinar, tenho que ir ao fisioterapeuta.

- Querida vamos? - minha mãe pergunta

- Ah, claro vamos - levanto do sofá. Como eu queria não ir

Com a minha mãe ao meu lado, entrei na sala, nervosa e cheia de expectativas. O cheiro do álcool e dos produtos de limpeza me lembrou que estava em um lugar onde as pessoas lutam para se recuperar.

O fisioterapeuta, um cara tranquilo chamado adriel sorriu e me cumprimentou.

- Vamos dar uma olhada no que você pode fazer hoje.- Ele começou a me guiar por alguns exercícios leves, enquanto minha mãe observava atentamente, preocupada.

Enquanto fazia os movimentos, percebi que cada alongamento era como um pequeno passo em direção ao meu sonho de voltar ao campo. A dor ainda estava lá, mas havia uma sensação de esperança crescente. O Adriel me encorajava a cada movimento, e isso me fazia sentir que eu não estava sozinha nessa jornada.

Depois da sessão, conversamos sobre como eu estava me sentindo.

- É normal sentir-se ansiosa - ele disse - Mas lembre-se cada dia conta. Você vai voltar mais forte do que nunca

- Então eu posso voltar a jogar - comento

- Ainda não, mas você está se recuperando mais rápido do que eu pensei

E logo meu sorriso desmancha

Saímos do consultório com um pouco mais de leveza no coração. A visita ao fisioterapeuta não foi uma jornada ruim que eu achei que seria.

Depois da sessão de fisioterapia, eu me sentia um misto de cansaço e esperança, o fisioterapeuta disse que eu estou até que melhorando rapido, mas isso não significa que posso voltar.
Enquanto olhava pela janela, pensando em como a vida tinha mudado, ouvi a campainha tocar. Não lembro de ter chamando alguém.

Quando abri a porta, um sorriso enorme se formou no meu rosto.

-Gabi! Que surpresa boa!- Eu a abracei com força, sentindo o seu perfume extremamente cheiroso

Ela entrou com uma sacola cheia de lanches caseiros e uma buquê de flores.

-Olha o que eu trouxe! Espero que isso traga um pouco de alegria para essa sua carinha triste - disse ela, colocando o boque na mesinha

- Minha mãe que ligou para você né? - digo desconfiada

A mesma diz que sim com a cabeça

Nos acomodamos no sofá, e logo Gabi começou a contar sobre como foi o treino de hoje. Era engraçado pensar que antes éramos rivais no vôlei. Mas desde que as Olimpíadas começou nossa amizade floresceu. E como eu sentia falta daquela energia nas quadras!

- O treino hoje foi legal - exclamou Gabi com os olhos brilhando - Você faz falta sabia

Naquele momento, minha mente voltou ao dia em que eu lesionei a perna.

- Eu sinto muito por ter me machucado no dia do jogo falei com sinceridade.

Gabi segurou minha mão com carinho e me olhou nos olhos.

-Luma, isso não é culpa sua! O importante é que você está se recuperando bem -Ela sorriu de forma encorajadora. - E quando você voltar, vamos arrasar juntas!

Conversamos sobre oque faríamos quando as Olimpíadas acaberem, sobre qual clube iríamos.

- Eu tenho que ir - diz olhando para seu relógio - Já está tarde e tem jogo amanhã

- Amanhã estarei lá. Torcendo por vocês - digo meio desaminada

- No próximo jogo você vai está lá jogando com a gente - sorri - Até lá, fique bem - acena pra mim

Fechei a porta e olhei para o buquê de flores que ela trouxe. Como ela soube que essas são minhas flores favoritas? Eu amei.

Está com a Gabi me fazia esquecer 100% dos meu problemas, é como a luz na escuridão.

Sem perceber, um sorrisinho bobo se formou no meu rosto enquanto eu a observava. Era engraçado como algo tão simples poderia me fazer sentir tão bem.

Minha mãe entrou na sala, e logo notou o meu sorrisinho.

Logo ela lança uma bomba

-Olha só quem está toda boba! Você está gostand da Gabi, né?- Ela deu uma piscadela, claramente divertida com a situação.

Eu quase caí para trás de tanto rir!

-Mãe, não é isso! É só flores - Tentei me defender, -A Gabi é só uma amiga!

Ela cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, claramente não acreditando em mim.

-Só uma amiga? Humm... Então por que você está sorrindo desse jeito?

- Porque ela trouxe um boque de flores fofo! Olha como ela é bonita! - Eu gesticulei para a suculenta, tentando mudar de assunto. Mas minha mãe não estava convencida.

- Claro, claro... Uma só amiga que te faz sorrir assim - ela disse com um sorriso maroto.- Luma te conheço muito bem, seu pai sorria assim para mim

Eu bufei de leve, tentando manter o semblante sério.

- Mãe é sério!! Não compare você é o papai com eu e a Gabi, nunca vamos ter nada, nunca iremos ter duas filhas uma casinha em frente a praia, nunca vamos casar ter dois cachorros e ser felizes para sempre igual contos de fadas - suspiro aliviada

- Se você diz. Não se esqueça de cuidar dela - minha mãe disse com um sorriso cúmplice antes de sair da sala.

Fiquei ali por alguns minutos, olhando para o buque pensando em como a vida podia ser cheia de surpresas.



- ficou curto veyr

- socorro eu amei escrever esse capítulo

- comenta se tiver gostando 😔

- Eu já tenho a fanfic inteira planejada na minha cabeça

- Só um spoilerzinho. Luma vai ter um certificado ciúmes de gabi com uma certa ginasta... aguardem os próximos capítulos

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