capítulo 13

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NAQUELE DIA
LUMA COSTA

A tarde estava tranquila, e o ginásio ecoava com o som distante das bolas quicando e os gritos animados dos outros jogadores. Eu estava sentada em um banco, sozinha, observando tudo de longe. A energia vibrante do lugar me envolvia, mas minha mente estava longe, perdida em pensamentos.

Luma não estava lá, e isso deixou um vazio que eu não conseguia ignorar. Desde que começamos a treinar juntas, algo havia mudado dentro de mim. Cada risada compartilhada e cada momento ao seu lado parecia mais intenso. Eu sabia que estava apaixonada por Luma, mas guardava esse segredo como um tesouro precioso.

"Por que estou me sentindo assim?" pensei, enquanto balançava as pernas nervosamente no banco. Meu coração acelerava ao lembrar de seu sorriso e da forma como seus olhos brilhavam quando falávamos sobre nossos sonhos. Era como se cada pequeno gesto dela despertasse algo profundo dentro de mim.

Eu quero ter algo a mais com ela. Como casar ter filhos, ma família, nunca achei que me apaixonaria assim tanto, nem mesmo por Sheila.

A ideia de ter algo mais com Luma era tanto assustadora quanto empolgante. Eu queria entender esses sentimentos antes de agir, mas a verdade era que eles eram inegáveis. O que eu mais temia era perder a amizade dela se revelasse o que sentia.

- No que pensas Gabriela? - pergunto Carol, logo senta ao meu lado

- Em nada

-Nada? - Levanta as sombraselhas - Seus pensamentos estão sendo tomados, por uma certa garota de cabelos negros cacheados. Correto?

- Sim - olho para o chão

- Não se torture Gabriela - diz pondo a mão em meu ombro

- Quem está apaixonado aí - A voz de rosa soa onde estávamos

- A Gabriela - diz Carol com um sorriso em seu rosto

- Por quem? - pergunta rosa

- Luma - sorri - Gabriela Braga Guimarães está apaixonada por Luma Costa

- Aí gente, Gabi está apaixonada - grita rosa

- Disso todas nós já sabíamos - comenta Roberta

Como? Eu não demostro meus sentimentos rápidos não.

- Quando vai ser o casamento Gabriela - Thaisa pergunta

- Nunca - respondo rápido - Nunca irá acontecer

- E falar em luma olha quem está vindo ali - Aponta Roberta para a porta, que é aberta por luma. Não pude evitar um sorriso em meus lábios

- Olha só que veio, nossa estrela - diz Carol indo até a mesma, dando um abraço - Você está bem luma?

- Estou bem Carol - sorri- Vim ver vocês jogar hoje

Eu vou falar com ela

- Érr... oi luma - digo tentando esconder a tensão em minha voz- Você está bem? - olho para carol, que logo a mesma aí dali entendendo meu recado

- Eu tô bem sim - sorri com um sorriso caloroso

- Como vai a sua perna? Aposto que já deve estar ótima

-Quem me dera, o fisioterapeuta disse que mais uns dias e eu volto a jogar. Tomara que eu possa voltar antes das Olimpíadas acabarem

- Tomara - cruzo os dedos - Bem, eu vol treinar, preciso estar afiada para enfrentar a República Dominicana amanhã - Declarei com um com sorriso nervoso

-Vai lá, mostre o seu melhor. Enquanto isso eu vou sentar

Enquanto me afastava em direção à quadra, senti o olhar de Luma sobre mim enquanto ela se acomodava no banco para assistir. O coração pulou no peito ao imaginar como era estar sob seu olhar admirado.

Eu me sentia animada, mas também um pouco nervosa por ter Luma me observando.

Comecei o aquecimento, fazendo alguns alongamentos e correndo em volta da quadra. Senti a adrenalina subir enquanto olhava para Luma, que estava sentada no banco com um sorriso encorajador. Era como se eu estivesse jogando apenas para ela.

Após o aquecimento, fizemos algumas atividades em grupo. Carol e eu nos juntamos a outras garotas para praticar passes e recepções. O som da bola batendo nas mãos e os gritos de incentivo preenchiam o ar. Eu tentei dar o meu melhor, focando nas técnicas que tínhamos praticado nas últimas semanas.

- Vamos lá, Gabi! Isso mesmo! - Zé grita, enquanto eu fazia um saque elaborado

Olhei para Luma e vi seu rosto iluminado de orgulho. Ela bateu palmas e sorriu para mim, fazendo meu coração disparar novamente.

Continuamos treinando por mais algum tempo, alternando entre saques e jogadas em equipe. A cada movimento, eu me sentia mais confiante e conectada àquele momento-não apenas pelo treino em si, mas pela presença de Luma que tornava tudo ainda mais especial.

No final do treino fui até Luma para pegar um copo d'água.

-Como estou indo?" perguntei, tentando esconder minha ansiedade.

-Você está arrasando! Estou tão orgulhosa de você - ela respondeu com sinceridade nos olhos.

- Eu tenho que ir. Precioso comprar os ingressos para o jogo de amanhã

- Era para você está lá jogando com a gente, não na plateia - digo em um suspiro

- Eu queria isso também. Mas enquanto eu tiver com a perna assim eu não posso jogar - ela olhou para mim com um leve sorriso triste -É frustrante ficar só vendo vocês jogarem

- Eu sei que é frustrante - digo tentando confortá - lá - Você é uma parte importante para mim, no nosso time
Luma sorriu levemente, mas ainda havia tristeza em seu olhar.

- Obrigada, Gabi. Eu só quero me recuperar logo para voltar a jogar com vocês

-Com certeza! Vamos fazer treinos extras quando você estiver melhor. E enquanto isso, posso te ajudar a praticar alguns fundamentos de forma leve - sugeri.

- Adoraria isso! Assim posso ficar afiada para quando voltar - Luma respondeu, animando-se um pouco.

- Não perca o jogo de amanhã

- Não vou. Enquanto vocês tiverem lá jogando, eu vou estar na arquibancada torcendo - sorri

- E O primeiro ponto que eu fizer vai ser para você...


























































































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